Após suspensão de vistos, estudantes brasileiros nos EUA temem perder investimento
Na semana passada, a Casa Branca determinou que os alunos estrangeiros com vistos F-1 e M-1, que estejam apenas tendo aulas virtuais, tenham os vistos suspensos
A brasileira Julia de Barros chegou a Seattle, nos Estados Unidos, em 2017, para estudar economia, mas agora vive um drama. Na semana passada, a Casa Branca determinou que os alunos estrangeiros cujas aulas migraram para plataformas online em função da pandemia, tenham os vistos suspensos, podendo ser expulsos.
Alunos com vistos F-1 e M-1 que estejam apenas tendo aulas virtuais “devem sair do país ou tomar outras medidas, como a transferência para uma escola com instrução presencial”. Faltando pouco para concluir o curso, Julia teme que todo o esforço e investimento estejam em risco.
Segundo estimativas, o plano do governo Trump afetaria cerca de 1 milhão de alunos, a maioria chineses. Instituições de ensino e opositores dizem que a decisão seria uma maneira de pressionar pela volta das aulas presenciais. O Carlos Eduardo estuda engenharia aeronáutica no estado de Washington e espera que a faculdade reabra até agosto.
Grandes universidades americanas e o estado da Califíornia já recorreram à Justiça para reverter a decisão da Casa Branca. Enquanto uma decisão não sai, o advogado Alexandre Piquet, especialista em imigração, sugere aos estudantes buscar uma mudança de visto. Ele esclarece, entretanto, que para ser válido, o visto de estudante sempre exigiu que as aulas fossem presenciais.
Enquanto isso, a situação da pandemia nos Estados Unidos ainda preocupa. A Flórida registrou número recorde de mais de 15 mil novos casos de Covid-19 em 24 horas neste domingo (12). Mesmo assim, os parques da Disney em Orlando, voltaram a funcionar no final de semana, mas recebendo apenas metade do público. A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que o mundo também registrou um novo recorde diário de casos da Covid-19. Segundo a OMS, foram 230 Mil 370 infecções confirmadas em 24 horas.
*Com informações da repórter Lívia Fernanda
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