Vizinhos se unem em ato de solidariedade contra novo coronavírus
O isolamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus também pode levar a um momento de maior união. Vizinhos de um condomínio da capital paulista, que antes não se davam nem bom dia, hoje, têm a oportunidade de se conhecer melhor.
Os moradores menos propensos à doença oferecem ajuda aos idosos, um dos principais grupos de risco da covid-19. A rede de solidariedade começou quando o professor de yoga, Victor Ortega, resolveu colocar um bilhete na porta do elevador. “As pessoas começaram a se comunicar e se disponibilizar em ajudar. Ofereci ajuda, mas também me senti acolhido.”
A ideia veio em boa hora para a aposentada, Sonia Baueb, de 67 anos, que viu atividades simples do dia a dia, como ir ao mercado, tornarem-se motivo de medo. Um grupo de WhatsApp foi criado e mais pessoas do condomínio se colocaram à disposição para ajudar, como é o caso do advogado, Pedro Elias, de 33 anos.
“Sempre que eu saio, a gente sempre manda mensagem perguntando se alguém precisa de alguma coisa da rua. Se eu puder fazer compra para três pessoas, evito que elas estejam expostas ao vírus.”
A oportunidade da psicóloga Mara Silvia Ribeiro, de 65 anos, é a realidade de outras pessoas que cumprem a quarentena. “Eu não moro há tantos anos aqui e não conheço muita gente, porque fico fora. Está sendo uma super oportunidade para conhecer os vizinhos.”
Exemplos de solidariedade são praticados em outras grandes megalópoles mundo a fora, onde a rotina agitada, muitas vezes, distanciou quem sempre esteve ao lado.
*Com informações da repórter Livia Fernanda
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