Volta do Minha Casa, Minha Vida impulsiona mercado imobiliário, aponta setor

Venda de novos imóveis no primeiro semestre cresceu 9,8%, em comparação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o indicador Abrainc-Fipe

  • Por Jovem Pan
  • 27/09/2023 08h51
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Tuca Melges/Estadão Conteúdo Minha casa minha vida (Tuca Melges - Estadão Conteúdo) Programa Minha Casa, Minha Vida foi relançado em fevereiro pelo presidente Lula (PT)

O número de imóveis lançados pelo Minha Casa, Minha Vida (MCMV) cresceu 17,2%, com mais de 39 mil novas unidades lançadas. O programa retomado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem aquecido o setor imobiliário e a ideia do governo é ampliar a medida. Para isso, o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, afirmou que o Governo Federal tem dialogado com governadores e prefeitos: “Com o intuito de facilitar, para que mais famílias possam acessar um financiamento, porque muitas famílias têm o dinheiro das parcelas, o que elas não têm é o dinheiro da entrada. Nesta semana nós estamos discutindo o Minha Casa, Minha Vida Cidades com a Casa Civil e com o presidente Lula para que nós possamos lançar o MCMV Cidades em parcerias com Estados e prefeituras para que este subsídio de até R$ 55 mil possa ser ampliado”. A declaração foi dada a jornalistas durante o evento da Associação Brasileira de Incorporadoras e Imobiliárias (Abrainc) realizado nesta terça-feira, 26. Também presente na cerimônia, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, afirmou que 16 mil unidades habitacionais estão sendo construídas na capital paulista.

A venda de novos imóveis no primeiro semestre cresceu 9,8%, em comparação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o indicador Abrainc-Fipe. O segmento de médio e alto padrão teve destaque, com elevação de 22,8%. Em seu discurso, o presidente da Abrainc, Luiz França, afirmou que os indicadores positivos são reflexo da dinâmica do mercado imobiliário brasileiro e da relevância de programas de habitação popular, apesar das elevadas taxas de juros: “Que as autoridades monetárias ajam para acelerar a redução da taxa Selic. Isso é fundamental. E criem mecanismos para ampliar as fontes de recursos para os compradores de imóvel da classe média, fazendo com que este público recupere as condições de adquirir sua moradia pagando prestações módicas”. Já a presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Rita Serrano, destacou que os esforços estão voltados para desburocratizar o sistema de financiamentos. De acordo com a executiva, o banco estatal detém 67% do mercado imobiliário do país.

*Com informações da repórter Camila Yunes

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