Weintraub pode ser convocado à Câmara para explicar declarações sobre protestos
Ministro da Educação afirmou que professores e funcionários estariam obrigando alunos a participar de manifestações contra o governo
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, vai ser alvo de um novo pedido de convocação para o plenário da Câmara. Essa pode ser a segunda vez em menos de um mês que ele vai ao Congresso para dar explicações. Inicialmente, no último dia 15 de maio, falou sobre o contingenciamento das verbas discricionárias das universidades federais. Agora, o motivo são as declarações, dadas no último dia 30, de que professores e funcionários estariam incentivando alunos a participar de manifestações contra o governo.
De acordo com o pedido de convocação, assinado pelo líder da oposição, deputado Alessandro Molon, do PSB, o ministro da Educação “proíbe a ampla e livre manifestação do pensamento e de críticas gerais ao governo” e à pasta, “viola a liberdade de expressão e estimula o denuncismo”.
O documento pede o comparecimento de Weintraub à Câmara explicar “os fatos e as circunstâncias” da declaração. Para Molon, o ministro adota práticas autoritárias. “Intimidar professores, funcionários e até mesmo pais de estudantes pra que não exerçam sua liberdade de expressão, um direito fundamental, tentando impor uma espécie de mordaça, coisa típica de ditaduras, é inaceitável”, declarou.
Para ser colocado em votação, o pedido de convocação precisa de um acordo na reunião de líderes. Para ser aprovado, precisa de maioria simples, 257 votos no plenário da Câmara.
*Informações do repórter Levy Guimarães
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