Witzel chora ao falar de filho transsexual e pede pelo fim da intolerância

  • Por Jovem Pan
  • 20/09/2019 07h17 - Atualizado em 20/09/2019 09h05
Philippe Lima/Governo do Estado do Rio de Janeiro Governador fez críticas ao prefeito Marcelo Crivella

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), se emocionou, nesta quinta-feira (19), durante um evento na sede do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), ao falar sobre intolerância sexual. Ele contou a história de seu filho, que é transsexual, e com quem teve relações conturbadas nos últimos anos, mas acabou se reconciliando em 2019.

Witzel defendeu o fim da intolerância e pediu para que as pessoas respeitem a orientação sexual de terceiros sem qualquer tipo de ação, reação ou agressão. Ele foi às lágrimas quando lembrou que o filho chegou a ser agredido na saída do trabalho.

“Sem estimular a intolerância. Meu filho, por conta da opção dele, certa vez foi agredido quando saía do trabalho de madrugada, porque ele é gastrônomo, trabalha em um restaurante. Foi agredido pela intolerância. Ele tem um corpo de homem, mas ele nasceu menina. E foi agredido. Quando ele me contou, me senti impotente, me senti sem ter o que fazer, e aquilo me doeu muito. Então nós não podemos ser intolerantes, nós temos que primar pela união. Divergências nós vamos ter sempre”, declarou.

O governador ainda fez críticas ao prefeito Marcelo Crivella que, durante a Bienal do Livro, pediu o recolhimento de quadrinhos contendo um beijo homossexual. Para Witzel, o ato do prefeito foi “uma grande lambança.”

Atualmente, o filho do governador trabalha na prefeitura do Rio de Janeiro, em um projeto voltado para a comunidade LGBT.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga 

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