Zema diz que pico da pandemia em MG será em julho e admite reforçar medidas
Em entrevista ao Jornal da Manhã desta segunda-feira (22), o governador Romeu Zema analisou o momento que Minas Gerais passa da pandemia do novo coronavírus e as medidas que estão sendo tomadas para conter o avanço da covid-19. “Minas está com a curva [de contágio] subindo neste momento. A previsão dos estudiosos e técnicos é que o pico seja alcançado em meados de julho. Até o dia 15 de julho deverá subir, daí esse aumento de casos nos últimos 10 dias.”
O estado vem registrando aumento nos números, mas, segundo destacou Zema, o isolamento começou antes da média do Brasil, o que permitiu a reabertura. “Em 16 de março as aulas estavam suspensas, servidores deixaram de trabalhar nos locais de risco e isso contribuiu para manter a pandemia sob controle. Nesses 90 dias, tomamos uma série de medidas para robustecer o sistema de saúde, foram 900 UTIs, 1040 respiradores e recuperamos outros 400. Um hospital de campanha de 760 leitos em BH sem ser utilizado, mas fica a preocupação da curva ficar muito acentuada e termos muito stress.”
Até o momento, Minas Gerais é o segundo estado com relação a óbitos a cada 100 mil habitantes, perdendo apenas para o Mato Grosso do Sul. No entanto, Zema admite que alguns municípios e cidades mineiras poderão retroceder e ter de reforçar medidas de isolamento e restrições. “Estamos monitorando de perto. Nessas regiões [de aumento de casos] pode haver retrocesso no protocolo do Minas Consciente, que foi feito justamente para isso: para avançar na hora certa e retroceder quando necessário.”
Governo Bolsonaro
Romeu Zema afirmou que mantém bom relacionamento com Jair Bolsonaro, apesar de haver discordância dentro do Novo, partido do governador, diante de certas medidas do Governo Federal. “Sempre fui muito bem atendido em Brasília e sabemos que o presidente tem modo peculiar de se expressar e eu, como liberal, respeito muito. Da mesma forma, respeito João Amoêdo, mas não é minha opinião. Sou amigo do Amoêdo, colaborou muito na montagem do meu secretariado, opiniões divergentes fazem parte do sistema democrático.
“Concordo muito com o governo Bolsonaro no que diz respeito à pauta econômica. COm estado que perturbe menos quem gera emprego, estamos alinhados nesta pauta”, completou.
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