Covid-19: Zonas de conflito se tornam ainda mais vulneráveis pela doença
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha pediu que Estados e organizações humanitárias se juntem para traçar uma estratégia de resposta ao coronavírus em zonas de conflito.
Sistemas de saúde enfraquecidos por guerras têm menor capacidade de detectar e acompanhar casos da covid-19, aumentando o risco de transmissão. Além disso, grande parte da população de áreas em guerra saiu de casa e vive em campos de refugiados, com espaço e recursos essenciais limitados.
O comitê pediu que os governos facilitem a atuação de organizações humanitárias e alertou que, mesmo com a pandemia, os conflitos continuam em curso.
A Síria, em guerra civil há 9 anos, registrou duas mortes por coronavírus desde o último domingo. De acordo com o governo de Bashar Al-Assad, 10 casos foram confirmados.
O país estabeleceu quarentena, com fechamento de mesquitas, bloqueios nas fronteiras e a paralisação de transporte público e voos comerciais.
No Afeganistão, 10 mil prisioneiros do Talibã estão sendo soltos pelo governo afegão para impedir o avanço do coronavírus entre a população carcerária.
O país registrou 4 mortos e 166 casos de coronavírus, mas o número pode ser maior porque, segundo o Observatório dos Direitos Humanos, 100 mil afegãos cruzaram a fronteira com o Irã desde janeiro.
O Estado da Palestina pediu que as pessoas que moram na Faixa de Gaza permaneçam em casa. A região disputada com Israel registrou os primeiros casos de coronavírus recentemente.
No Iraque, países envolvidos na guerra reduziram ou retiraram os militares. O país tem mais de 600 casos de coronavírus e 46 mortes. O governo iraquiano impôs toque de recolher e tem feito higienização de locais públicos.
*Com informações da repórter Nanny Cox
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.