Covas abre prazo para propostas de corredor de R$ 550 milhões na Radial

  • Por Jovem Pan com Estadão Conteúdo
  • 11/05/2018 15h00 - Atualizado em 11/05/2018 15h01
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SUAMY BEYDOUN/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO Trânsito de veículos na Avenida Radial Leste, sentido centro, na região central de São Paulo

A Prefeitura abriu nesta sexta-feira, 11, prazo para receber estudos financeiros, de engenharia e jurídicos para construir um corredor de ônibus expresso (BRT) de 28,8 quilômetros na Radial Leste, entre o Terminal Pedro II, no centro de São Paulo, e a estação Guaianases da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Com previsão de 29 paradas, todas com pagamento da passagem feito no próprio ponto, não dentro dos coletivos, a obra deverá custar R$ 550 milhões. O prazo de início das obras não foi divulgado.

O anúncio foi de um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), processo no qual a Prefeitura convoca o mercado para fazer os projetos, que serão pagos posteriormente pela empresa que, depois de uma licitação, executa a obra. O custo máximo desses estudos será de R$ 2 milhões.

A obra será trocada em três trechos e deve gerar desapropriações na área da Radial. Calçadas, faixas de circulação para carros e piso de concreto para os ônibus serão reformados. A proposta é de que os coletivos saiam da faixa da direita, onde circulam hoje, para o canteiro central. Os pedestres acessarão as ilhas de embarque por meio de passarelas ou de faixa de pedestres. Assim, o secretário de Mobilidade e Transportes, João Octaviano, não descarta que a Radial passe a ter mais semáforos. “Mas eles serão sincronizados com o fluxo de ônibus”, afirma.

A cidade passa, atualmente, por um processo de renovação dos contratos com as empresas de ônibus. Os coletivos que circulam hoje na Radial passarão a usar o corredor, mas continuam sendo de suas respectivas viações. A Prefeitura afirma que o passageiro que usar o futuro corredor pagará a mesma tarifa de ônibus cobrada no restante do sistema, com bilhete único, e terá direito às mesmas integrações já previstas, seja com outros ônibus, seja com o Metrô ou com a CPTM.

A ideia da Prefeitura é que o investidor privado arque com todos os custos da obra. Em troca, a empresa seria remunerada através de contratos de manutenção do corredor e limpeza das estações, por um prazo de até 35 anos. “Esse é o prazo máximo permitido por lei”, afirma o secretário de Desestatização, Wilson Poit.

O corredor transportaria até 25 mil pessoas por hora, praticamente a metade que o metrô que circula paralelo à Radial leva. Os coletivos circularam por uma velocidade média de 25 km/h. A média dos corredores hoje é de cerca de 20 km/h.

O PMI foi convocado porque a Prefeitura recebeu uma manifestação de interesse para esse projeto da fabricante de ônibus elétricos chinesa BYD, que tem uma unidade no interior do Estado. Por lei, ao receber propostas desse tipo, o poder público tem de comunicar o mercado e abrir prazo para que outras possíveis interessadas também façam projetos, para evitar direcionamentos

O prefeito Bruno Covas (PSDB) afirmou que o edital deve ser publicado para consulta em janeiro. O prazo para receber as propostas é de 60 dias.

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