Crescimento ainda não coloca em risco inflação baixa, diz consultora
Alessandra Ribeiro, da Tendências Consultoria, falou ao Jornal Jovem Pan sobre o mais recente índice do IPCA, o índice oficial da inflação. O acumulado em 12 meses do IPCA-15 está em 2,77%, abaixo do piso da meta, de 3%.
Ribeiro avalia que “o resultado surpreendeu positivamente apesar de algumas pressõezinhas de alta”, como da energia. Apenas um grupo teve aceleração nos preços, Habitação, que passou de uma alta de 0,66% em outubro para 1,33% em novembro, sob influência do encarecimento da energia elétrica e gás de botijão.
Já o preço da alimentação voltou a cair de maneira expressiva. “A alimentação tem contribuído muito positivamente para a inflação do ano”, disse. “Os demais preços têm mostrado um bom comportamento”. Para a especialista, essa é uma “notícia positiva”, que “deixa um espaço bem aberto para o Banco Central continuar com o corte de juros”.
Crescimento ainda não pressiona
Com o Brasil entrando em um processo de recuperação econômica, Ribeiro ainda não vê riscos à inflação. “O risco para a inflação parece ainda bem limitado. Podemos crescer ainda com base na ociosidade da indústria e do mercado de trabalho, sem gerar muita pressão nos preços”, afirmou.
Alguns setores, como o de combustíveis, devem ser analisados com cuidado, no entanto.
Para a analista da Tendências, o IPCA de 2018 deve rodar na faixa dos 4% a 4,1%. “Trabalhamos com a taxa de 6,75% em fevereiro e permanecendo nesse nível até o final de 2018”, disse ainda.
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