Em cenário de guerra, fundador da ONG Rio de Paz diz que é necessário “lei de garantia de ordem”
Fundador da ONG Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, afirmou que o Rio de Janeiro chegou em um momento em que uma lei de garantia de ordem se tornou absolutamente necessária. De acordo com ele, é preciso deixar de lado até “preferências ideológicas”, o “romantismo” e entender que se trata de uma situação de vida ou morte nas comunidades.
“Estão vivendo um cenário de guerra. Armamento que são capazes de furar paredes de alvenaria são usadas, e granadas numa guerra na qual o direito do pobre, do trabalhador, de famílias inteiras, de milhares de pessoas é ignorado”, contou.
“Com tudo, nós não podemos mais depender de ações espasmódicas. Que representam investimento de muito dinheiro, também de vidas humanas, policiais que morrem, soldados do exército, sem perspectiva de solução do problema”, completou Costa.
O Ministério da Defesa autorizou nestas sexta-feira (22), o envio das Forças Armadas para reforçar no patrulhamento da Rocinha, favela mais conhecida do Rio, em São Conrado, zona sul da capital. O pedido foi feito pelo governador Luiz Fernando Pezão, em razão de mais um confronto, com tiroteio, ocorrido na favela.
De acordo com o fundador da Rio de Paz, também é de fundamental importância que as ações nessas comunidades sejam acompanhadas de protocolo para que os moradores saibam em que condições as operações serão feitas, além de uma implementação de políticas públicas e também uma reavaliação da polícia do Rio de Janeiro.
“A raiz do problema tem a ver com o fato de milhares e milhares de pessoas viverem em estado de miséria. E, paralelo a isso, sem a mínima dúvida, a rediscussão da reforma das nossas polícias. Porque o Estado está apelando para as Forças Armadas porque as forças policiais não estão dando conta da situação”, disse.
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