Ex-embaixador afirma que posição do governo brasileiro no conflito entre Rússia e Ucrânia foi ‘correta’

Rubens Barbosa, que representou o Brasil nos Estados Unidos, ressaltou que o país poderia ter sido mais enfático, mas que ‘do ponto de vista diplomático’, a posição foi razoável

  • Por Jovem Pan
  • 25/02/2022 21h32
Gustavo Magalhães/MRE - 22/02/2022 Jair Bolsonaro e Carlos França Política diplomática do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ministro de Relações Exteriores, Carlos França, foi elogiado por ex-embaixador do país nos Estados Unidos

O ex-embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Rubens Barbosa, concedeu uma entrevista exclusiva ao Jornal Jovem Pan na noite desta sexta-feira, 25, e alegou que o principal motivo pelo qual o conflito entre Ucrânia e Rússia ocorre é a tentativa ucraniana de ingressar na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Na visão do especialista, há grupos no Congresso da Ucrânia que se alinham ao nazismo, justificativa utilizada por Vladimir Putin pela invasão, mas que isso é apenas “narrativa”. “O Itamaraty tem conseguido recolocar o Brasil em sua linha tradicional.”

Quanto a uma possível ajuda externa, seja dos Estados Unidos ou da Otan, à Ucrânia, o Barbosa afirmou que essa possibilidade “não existe”. Para o especialista, um cenário plausível seria a ocupação militar em território ucraniano com uma guerra de guerrilhas. “Isso é muito complicado, porque haverá um número de civis mortos muito grande. O embaixador ressaltou, porém, que a escolha de sanções dos países que se opõem à invasão russa é “cuidadosa”. “A União Europeia e os Estados Unidos não estão sancionando a Rússia no que mais a prejudica: a exportação de gás natural e petróleo. Essas sanções que estão sendo tomadas não afetam a política russa.”

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