Impacto no governo com privatização da Eletrobras é muito bom para o mercado, diz economista

O economista da Gradual Investimentos, Pedro Coelho Afonso, afirma que a euforia do mercado é "um pouco desmedida", mas diante da necessidade do governo de fazer caixa para bater a meta fiscal, faz sentido a decisão de vender a empresa

A notícia da privatização da Eletrobras gerou um impacto bastante significativo no mercado financeiro. As ações da estatal valorizaram muito, beirando 50%, o que fez o índice na Bolsa de Valores passar dos 70 mil pontos. O economista da Gradual Investimentos, Pedro Coelho Afonso, afirma que a euforia do mercado é “um pouco desmedida”, mas diante da necessidade do governo de fazer caixa para bater a meta fiscal, faz sentido a decisão de vender a empresa.

De acordo com Afonso, diante das reclamações do presidente da Eletrobras sobre a ineficiência dentro da empresa, a privatização geraria um ganho de eficiência e um impacto muito grande nos números na empresa.

“Hoje já abriu muito forte (as ações), chegou a subir 50%, agora tá subindo 44%. Mas o mercado tem encarado como uma notícia muito boa. Considerando principalmente os números da empresa e o impacto que isso vai ter no ajuste fiscal necessário do governo”, explicou.

O economista considera que este pode ser um sinal de que as contas vão começar a se encaixar, caso seja concretizado. Para ele, se tornando privada, a empresa tem uma melhora na gestão e na governança, mas ainda não dá para prever o impacto no bolso do investidor.