Indústria respira, mas dinamismo ainda é baixo, diz economista

  • 05/12/2017 16h31 - Atualizado em 05/12/2017 16h33
David Alves/ Palácio Piratini David Alves/ Palácio Piratini Dado positivo é que melhoria passou a abranger mais setores

O economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial, Rafael Cagnin, falou ao Jornal Jovem Pan desta terça (5) sobre os dados mais recentes da produção industrial divulgados pelo IBGE.

“A indústria se mantém respirando, com a cabeça fora d’água, evitando o terreno negativo. Mas, como o IBGE apontou, esse dinamismo é muito baixo”, disse Cagnin. “É insuficiente para recuperarmos o que foi perdido nos três anos de crise industrial”.

Os resultados positivos, no entanto, começam a se disseminar por mais setores da indústria, “o principal resultado positivo da pesquisa”, diz o economista. Ele vê a possibilidade de estabelecer processos cumulativos de crescimento com um setor gerando demanda para outro.

Ele afirma também que “a inserção internacional da indústria brasileira deixa a desejar”. Com a crise, as exportações se tornam uma “saída” para algumas companhias. “Não é disseminada o suficiente esse tipo de trajetória, estratégia, para a gente ver a recuperação industrial via exportação”.

“O resultado do PIB mostra que o mercado doméstico está um pouco mais aquecido, com o setor externo retirando dinamismo”, diz ainda o economista.

Emprego

Sobre o mercado de trabalho e últimos dados do desemprego, ele pondera. “Em uma situação de elevada ociosidade é difícil pensar num processo mais vigoroso de retomada de crescimento”. “Sinais de melhoras existem, mas ainda são muito incipientes”, ressalva.

As vagas recém-ocupadas “são ocupações com níveis de salário relativamente menores e fluxo de rendimento que não é regular”, destaca.

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