Barbalho: ‘A partir de domingo, quem descumprir lockdown no Pará será punido’
Até sábado, medidas serão educativas nos 10 municípios contemplados pelo decreto
O governador do Pará, Helder Barbalho, detalhou em entrevista ao Jornal Jovem Pan nesta quarta-feira (6) como será o lockdown (bloqueio total) decretado em 10 municípios do estado nesta semana. Até sábado, as medidas serão educativas, mas no domingo já haverá punições a quem desrespeitar as regras.
“Até sábado vamos focar na educação, orientação, esclarecimento e adaptação da população. No domingo, passa a valer todos os critérios punitivos para quem persistir em enfrentar a estratégia do isolamento”, explicou Barbalho, ressaltando que o governo vai contar com o apoio de toda a estrutura de segurança pública do estado e dos municípios.
“Se lamentavelmente alguns entenderem que devem infringir e ir na contramão dessa decisão para salvar vidas, procederemos na mesma proporção”, continuou o governador.
Foram afetados pelo decreto a capital Belém, cidades da região metropolitana, e os municípios de Vigia de Nazaré, Santo Antônio do Tauá e Breves, na Ilha do Marajó. De acordo com Barbalho, o critério de escolha se deu pelo número de casos confirmados de coronavírus a cada 100 mil habitantes. Todas as regiões que tiveram índice maior do que a média do estado, que é de 51 a cada 100 mil pessoas, foram afetadas.
O funcionamento ficará restrito a atividades essenciais, como supermercados, estabelecimentos de comércio de alimentos, farmácias, bancos, lotéricas e feiras de rua. Além disso, só poderá entrar uma pessoa por família.
O lockdown vai durar, a princípio, uma semana, mas poderá ser estendido. O objetivo é achatar a curva de contágios pela Covid-19. As medidas de isolamento foram instaladas no Pará no dia 16 de março, mas desde então a taxa tem ficado abaixo do mínimo aceitável por especialistas, 50%. “Esse índice tem se mostrado pouco efetivo para evitar o colapso na estrutura de saúde”, afirmou Barbalho.
Ao ser questionado sobre as declarações contra o isolamento social feitas pelo presidente Jair Bolsonaro, o governador evitou tecer críticas. “Qualquer perda de energia com outros discussões que não seja o coronavírus distrai do que é mais importante, salvar a vida da população. Eu lamento profundamente, mas aqui no Pará a vida e as pessoas estão em primeiro lugar”, disse.
O estado tem 4.472 casos confirmados do novo coronavírus e 369 mortes.
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