Ministério nega que carne brasileira ofereça riscos à saúde

  • Por Jovem Pan
  • 05/03/2018 15h23
GERALDO BUBNIAK/ESTADÃO CONTEÚDO Polícia Federal cumpriu 11 mandados de prisão temporária, 27 coercitivas e 53 de busca nos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás, durante a Operação Trapaça

Nesta segunda-feira (5), após os desdobramentos da Operação Trapaça, terceira fase da Carne Fraca, o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), afirmou que a carne brasileira não oferece riscos à saúde pública. No entanto, o órgão determinou a suspensão temporária das exportações de fábricas da BRF.

As exportações da Controladora da Sadia e Perdigão estão proibidas para países como China, África do Sul e 80% do Bloco Europeu. Foram cumpridas 11 mandados de prisão temporária, 27 coercitivas e 53 de busca nos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás. Os alvos da operação são quatro unidades da BRF. Segundo o delegado da PF, Maurício Boscardi Grillo, a ação tinha conivência da BRF.

De acordo com o coordenador de inspeção do Ministério da Agricultura, Alexandre Campos da Silva, a suspenda das vendas é temporária. “Quando se faz isso a empresa tem que apresentar um plano de ação e isso demanda uma avaliação da fiscalização (…) O estabelecimento é suspenso, ele apresenta o plano de ação e a fiscalização avalia se o plano de ação corresponde. Em seguida os países são notificados se o estabelecimento está voltando a exportar ou não”, explicou Campos.

O coordenador de inspeção também afirma que não foi constatada a participação de integrantes do ministério nas fraudes.

Em nota, a pasta alega que a salmonela está presente, principalmente em carne de aves, faz parte da flora intestinal dos animais. Ao negar risco à saúde, o governo explica que a bactéria é destruída quando submetida a altas temperaturas, como fritura e cozimento.

Os investigados poderão responder por falsidade documental, estelionato qualificado e formação de quadrilha.

*Com informações de Thiago Uberreich

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