Nada justifica atual aumento das taxas de juros, diz Anefac
Apesar da subsequente queda da taxa básica de juros (Selic), pesquisa mensal da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) mostrou que as taxas de juros das operações de crédito no Brasil voltaram a subir em fevereiro. A Selic, no entanto, caiu para 6,75% no mês passado.
Das seis linhas de crédito pesquisadas, duas reduziram as taxas em fevereiro (cartão de crédito – 12,67% ao mês – e CDC-bancos-financiamento de veículos – 1,97% a.m.). As demais aumentaram: cheque especial (12,28% ao mês), juros do comércio (5,44% a.m.), empréstimo pessoal de bancos (4,22% ao mês) e empréstimo pessoal de financeiras (7,50% ao mês).
Em entrevista exclusiva ao Jornal Jovem Pan, o vice-presidente da Anefac, Miguel Ribeiro de Oliveira, disse que essa os números representam uma “surpresa” e que “nada justifica” juros tão altos praticados pelo mercado em um ambiente econômico melhor.
Ele citou o “ciclo vicioso”, em que a taxa de juros é elevada para cobrir a inadimplência e torna seu pagamento mais dificultoso, aumentando a inadimplência.
Oliveira vê, no entanto, uma “gordura muito grande nessas taxas de juros”, especialmente nas do cheque especial e cartão de crédito.
“Nada justifica a subida dos juros nesse ambiente de melhora do cenário econômico”, afirmou.
Confira a entrevista completa:
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