“Ninguém sabe quanto paga de banco”, critica ex-diretor do BC

  • Por Jovem Pan
  • 29/01/2018 16h32
Fotos Públicas Fotos Públicas Com informações mais transparentes, concorrência entre os bancos aumentaria, projeta Assis

Luís Eduardo Assis, economista e ex-diretor do Banco Central (BC), comentou no Jornal Jovem Pan a leve queda da taxa de juros do cartão de crédito, de 335,6% em novembro para 334,6% ao ano em dezembro.

“As taxas são extremamente elevadas e é até curioso comemorar uma queda”, disse. Para Assis, nos números ainda são “extremamente extravagantes”.

“Elas (as taxas) não caíram ainda muito porque as taxas de inadimplência também caíram pouco em 2017”, explicou.

Para o ex-diretor do BC, no entanto, “o Banco Central tem que assumir essa missão e implementar medidas que podem acelerar essa queda (de juros) em 2018”.

Assis avalia que, com cinco grandes bancos comandando o mercado nacional “é muito difícil garantir transparência” e “ninguém sabe quanto paga de banco”.

“Uma medida muito simples seria o banco central obrigar os bancos a divulgarem essas informações”, sugeriu Assis. Um cenário com a disponibilidade de “informações mais básicas”, de quanto os consumidores pagam às instituições financeiras por mês,  estimularia a concorrência, projeta.

Para 2018, porém, Luís Eduardo Assis prevê “expectativas cada vez mais positivas” na queda das taxas.

Ouça a entrevista completa:

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