O pior já passou, mas Brasil precisa crescer mais, diz economista
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Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, falou ao Jornal Jovem Pan sobre o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, cujo resultado do terceiro trimestre foi anunciado nesta sexta-feira (1º).
Sobre o resultado mais recente, Agostini destacou o crescimento do consumo das famílias e dos investimentos. “Mesmo crescendo na margem, isso reforça esse quadro de recuperação da confiança dos agentes econômicos, investidores, consumidores e empresários, que começam a acreditar que o pior já passou”, disse.
O economista acredita que de fato “o pior já passou”. Mas ressalva. “no contexto global, em que há uma concorrência muito grande pelo investimento, que é muito importante para reduzir o número de empregados, é importante que o Brasil tenha um crescimento econômico muito maior do que o que vai ocorrer em 2017, de cerca de 1%”, disse.
De 47 economias mundiais, em levantamento feito pela Auting Rating, o Brasil fica em 45º em termos de crescimento de PIB.
“O Brasil só superou Dinamarca e Suíça. E é natural que países mais desenvolvidos cresçam pouco. O Brasil, como país emergente, precisa crescer 3,5% para atrair mão de obra”, avalia.
Para o ano que vem, Agostini avalia que é importante um “ambiente político mais estável” para garantir um bom crescimento.
Ele compara o País também a China e Índia, que “têm investimentos em relação ao PIB na ordem de 30% a 40%”. “O Brasil precisa remar muito para chegar pelo menos em 20%”, diz.
“Crescer 6%, 7%, como China e Índia crescem é quase uma utopia (para o Brasil) porque temos restrições de oferta de produção. O custo no Brasil é muito elevado. Mas precisa elevar a oferta de investimentos”, sugere.
O economista também fala da importância do investimento nos setores de infraestrutura para melhorar a competitividade do País no cenário global.
Comparando o Brasil a um paciente que acabou de sair da UTI, Agostini diz: “não dá para já ir a uma churrascaria”. Isso por causa dos cenários ainda incertos político e das contas públicas. Ouça a entrevista completa:
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