OMS emite novo alerta sobre sarampo nas Américas e pede reforço em vacina
A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu nesta quinta-feira (10) alerta de sarampo nas Américas e pediu que a vacinação seja reforçada.
Mais de mil casos da doença foram registrados só nesse ano, sendo 104 no Brasil, a maior parte em Roraima, com a chegada de venezuelanos.
Em 2016, a OMS tinha declarado países do continente como livres do
vírus.
O Ministério da Saúde coordena campanhas em regiões de risco em cooperação com os governos estaduais.
Os movimentos antivacina, principalmente na Europa, e afrouxamento das orientações são apontados como responsáveis pelo aumento do sarampo.
O infectologista Adilson Westheimer, do Hospital Heliópolis e da Faculdade de Medicina do ABC, destaca que a imunização é fundamental.
“A transmissão e disseminação dessa doença é muito fácil e todas as pessoas que não estiverem imunizadas, vacinadas contra o sarampo, estão sujeitas a adquirirem essa doença”, disse o infectologista.
“A vacina contra o sarampo está disponível no calendário nacional de vacinação e todos os postos têm a vacina gratuitamente”, explicou o médico.
De acordo com Adilson Westheimer, as crianças a partir de um ano recebem a primeira dose e a segunda é aplicada com um ano e três meses.
Se o adulto com até 30 anos não sabe se foi imunizado, os médicos recomendam duas doses com o intervalo de um mês.
Acima de 30 e com até os 59 anos, uma dose basta e, depois, não é mais necessário se imunizar.
O vice presidente da Sociedade Brasileira de Imunologia, Renato Kfouri, explica que sempre existem riscos.
“Qualquer descuido nessas taxas de cobertura vacinal, nós corremos o risco, sim, (de), enquanto houver casos no mundo, através de deslocamentos e viagens as pessoas adquirirem essas doenças”, alertou.
“Então, a aparente calmaria com algumas doenças só é garantida se nós continuarmos vacinando e mantendo nossas coberturas vacinais elevadas”, disse Kfouri.
Renato Kfouri lembra que na Europa a doença vem aumentando na Itália, na Romênia e na França.
Confira na reportagem de Thiago Uberreich ao Jornal Jovem Pan:
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