Fortalecer caixa da Eletrobras é mais importante que privatizar, diz Padilha no Senado
![Eliseu Padilha](https://jpimg.com.br/uploads/2018/03/padiulhão.jpg)
Eletrobras teve prejuízo de um bilhão e 726 milhões de reais em 2017 e governo quer fortalecer o caixa da estatal, independentemente da venda.
A privatização está em debate no Congresso Nacional e dificilmente será concluída nesse ano como quer o Palácio do Planalto.
A empresa, que vinha de resultados positivos, amargou maus resultados no segmento de distribuição.
Em audiência no Senado, nesta terça-feira (27), o ministro da casa civil, Eliseu Padilha, destacou que a Eletrobras vem conseguindo “respirar” com a “venda das distribuidoras federalizadas e capitalização da Eletrobras”.
“Para o governo, mais importante do que transferir por meio da capitalização o possível controle da Eletrobras é fortalecer o caixa da Eletrobras para que ela possa enfrentar as dificuldades que o setor vem enfrentando, mas está conseguindo respirar”, disse Padilha.
Convidado a falar no Congresso sobre produtividade e ambiente de negócios no país, o ministro ouviu críticas de parlamentares.
O senador Armando Monteiro Neto, ex-presidente da CNI, avalia que falta coordenação entre as ações do governo. “Eu tenho certeza de que vossa excelência tem compreensão desse desafio e eu lhe coloco essa questão: o que o governo fez para melhorar esse padrão de governança ou fortalecer a governança dessa agenda de modo a elevar o desempenho da coordenação, já que é uma agenda dispersa por excelência?”
O senador Armando Monteiro Neto também questionou o governo por ter prometido simplificar tributos, como Pis e Cofins.
Em resposta, o ministro Eliseu Padilha afirmou que conhece as demandas e fez um “mea culpa”.
“A Casa Civil tem consciência disso e procura agregar, trazer. Nós temos reuniões periódicas com os vários eixos”, disse. “Numa próxima reunião do eixo da área econômico, a gente poderia convidar o nosso senador Armando Monteiro para que a pudesse ver como a gente está tratando esse tema”, convidou.
O ministro da Casa Civil confirmou que setores da economia podem ficar de fora da reoneração da folha de pagamento em tramitação no Congresso.
Eliseu Padilha cita a indústria de calçados que já sofre com a concorrência com os produtos chineses.
Reportagem de Thiago Uberreich:
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