Quem se livrou das dívidas em 2017 pode ser chamado de herói, diz economista
Fabio Bentes, economista-chefe da Câmara Nacional do Comércio (CNC), falou ao Jornal Jovem Pan sobre o desempenho do setor em 2017, as expectativas para o ano que vem e a influência da taxa de juros na área.
“O consumidor que conseguiu se livrar das dívidas em 2017 com essas taxas de juros merece ser chamado de herói”, disse Bentes.
No entanto, ele vê perspectivas melhores para o ano que entra. “O consumidor conseguiu aos trancos e barrancos equilibrar o orçamento para entrar em 2018 com um pouco mais de folga do que entrou em 2017”.
Bentes também dá dicas para quem precisa tomar novos empréstimos: “a regra de ouro é pesquisar o preço do dinheiro”, diz, destacando a diferença entre valores nas diversas instituições financeiras. O economista sugere “ficar de olho no prazo, não olhar só o tamanho da prestação”.
O economista da CNC avalia que “os segmentos que devem se destacar nesse ano são aqueles que não envolvem ainda crédito no consumo”, como itens de supermercado e vestuário.
“A recuperação do varejo, do consumo, fica para depois de 2020”, projeta, citando a “conta da crise” no setor que despencou as vendas nos últimos anos.
“Em 2018 dificilmente a inflação vai ser tão baixa quanto neste ano, mas a gente espera que ela não passe de 4,5%, ajudando a recuperar as contas do comércio”, afirmou também. Ouça a entrevista completa:
Vendas de Natal
Previsão da Boa Vista SCPC aponta para um crescimento em volume de 4,2% nas vendas de Natal neste ano sobre o ano passado Com base na previsão da Boa Vista SCPC, a FecomercioSP estima que faturamento do varejo neste ano receberá um incremento de R$ 1,9 bilhão em relação a 2016.
No ano passado, segundo a mesma pesquisa da Boa Vista SCPC, o volume de vendas do varejo pela ocasião do Natal sofreu uma queda de 4,8% em relação a 2015. O aumento do ritmo de crescimento das vendas do Natal em 2017, de acordo com a Boa Vista SCPC, segue a tendência das demais datas comemorativas deste ano, que em praticamente todas ocasiões apresentaram aumento das vendas quando comparadas ao ano anterior.
Com isso, as estimativas mostram a maior variação desde 2010, quando as vendas foram positivas em 11,3%, além de voltar a apresentar números positivos após dois anos de retração.
Com informações de Estadão Conteúdo
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