Temos recursos para pagar o Tesouro e fazer financiamentos, diz diretor do BNDES

  • Por Jovem Pan
  • 02/03/2018 15h48
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Arquivo/Agência Brasil Fachada do BNDES "Nós somos parte do governo e temos que trabalhar para devolver os R$ 130 (bilhões) que são necessários", afirmou Carlos da Costa

Carlos da Costa, diretor de planejamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) garantiu, em entrevista ao Jornal Jovem Pan desta sexta-feira (2), que o banco terá o suficiente para devolver R$ 130 bilhões ao Tesouro neste ano e fazer os seus investimentos.

A devolução de R$ 30 bilhões estava marcada para ocorrer até fevereiro, mas foi adiada para abril. Os outros R$ 100 bi devem ficar para o segundo semestre.

“Temos recursos hoje de R$ 85 bilhões de desembolsos ao longo do ano para financiar os projetos e para devolução de cerca de R$ 130 bilhões para o Tesouro Nacional”, disse Costa. Ele ressalvou, no entanto, que “nós nunca sabemos se a demanda vai ser maior e se o próprio Tesouro não vai precisar de uma linha maior de devolução, como pelo PIS ou FAT”.

“Nós somos parte do governo e temos que trabalhar para devolver os R$ 130 (bilhões) que são necessários”, afirmou ainda Carlos da Costa. Isso dependerá, porém, se o BNDES terá o dinheiro disponível ao longo do ano.

Taxas

Sobre projetos de inovação, o diretor do BNDES promete reduzir o spread para 0,9% e o prazo para 20 anos.

“Quem tiver projetos inovadores para o país vai conseguir uma taxa bastante razoável com um prazo bastante alongado”, prometeu Costa.

“Não queremos ter uma participação maior, queremos que o Brasil cresça muito mais”, disse o diretor, inclusive com o financiamento do mercado.

Carlos da Costa explicou que as últimas quedas consecutivas da taxa básica de juros (Selic) permite ao BNDES aplicar taxas mais baixas também, mesmo com menos subsídios.

O diretor de planejamento disse ainda que uma das prioridades do banco agora é o “S” do BNDES, ou seja, a área social, priorizando educação, saúde e segurança.

O banco avaliará, no entanto, a situação do Estado ou município para avaliar sua capacidade de pagar o empréstimo de volta depois.

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