Fábio Porchat e Tati Bernardi: “se você não é de nenhum extremo, não vai agradar ninguém”
Com a polarização política que o Brasil vive em seu atual cenário político, está cada vez mais difícil agradar gregos e troianos, mesmo se você preferir não tomar partido de nenhum lado. Nesta quinta-feira (6), o humorista Fábio Porchat e a publicitária Tati Benardi explicaram, em entrevista ao Jovem Pan Morning Show, que são criticados por direita e esquerda por seus posicionamentos mais centrais.
O principal nome do “Porta dos Fundos” afirmou que é impossível agradar alguém com esse clima de polarização. “É ódio para todo lado”, desabafou. “No mesmo vídeo do ‘Porta’ eu sou petralha e coxinha. Você apanha de todos os lados”, completou.
O astro do filme “Contrato Vitalício” acredita que as pessoas não estão sabendo mais dosar e acabam levando as diferenças de opinião para o lado pessoal. “É chato por que as pessoas não sabem mais dosar. As pessoas dizem que não vão ver meu filme porque o Fábio é Dilma. Tem pessoas que deixam de conviver com outras por causa do seu posicionamento político”, apontou.
Bernardi concordou com a visão do seu colega. A colunista da Folha de S. Paulo relembrou do texto que fez após se decepcionar com o PT – partido no qual ela apoiava abertamente – e ressaltou o tanto que foi perseguida pelos militantes de esquerda, até perdendo amizades durante o processo.
“Tem vizinho que nem olha na cara, tinha um melhor amigo que parou de falar comigo e ele me acusou de falar bem do PT para puxar saco de intelectuais”, revelou.
Porchat aproveitou o espaço para dar a sua opinião sobre a diferença entre esquerda e direita na hora de destilar o ódio. Para o humorista, a direita demonstra ter um ódio muito maior do que as pessoas de esquerda.
“Fizemos sete piadas contra a Dilma e não aconteceu nada. Quando fiz uma mais ou menos a favor da Dilma, aconteceu aquela campanha de boicote contra o Porta e tudo mais”, finalizou.
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