Jucá critica oferta do PT para manter base: “não quero mudar de cabine no Titanic”

  • Por Jovem Pan
  • 30/03/2016 09h26
Brasília- DF- Brasil- 17/12/2015- Sessão do Congresso Nacional para votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e do orçamento de 2016. Sen. Romero Jucá (PMDB-RR). Foto: Gustavo Lima/ Câmara dos Deputados Gustavo Lima / Câmara dos Deputados Romero Jucá

 O senador Romero Jucá (PMDB-RR) critica o ministro Jaques Wagner que vê na ruptura do PMDB com o governo uma oportunidade: “Lamento que o foco e o esforço do governo não sejam para trocar a direção do país e sim trocar os cargos. Negamos cargos com coragem, negamos as barganhas. Podíamos ter aumentado o espaço no governo. Eu até brinquei quando me chamaram para ser líder: não quero mudar de cabine no Titanic. Temos que mudar o rumo do navio”. Em entrevista à Jovem Pan, Jucá afirma ser favorável ao impeachment e que hoje “está no bote salva vidas”.

Ao ser questionado sobre a falta de unanimidade no partido em relação à ruptura com o governo, o senador nega e diz que quem gostaria de manter os cargos no governo são “casos fora da curva”: “Tivemos a presença de 83% do diretório nacional do partido votando pela saída. O PMDB está unido e entende a necessidade do momento”.

Jucá afirma que agora, membros do partido como o ministro da Ciência e Tecnologia, Celso Pansera, que resistem em deixar seu cargo, poderão ser analisados pelo conselho e expulsos.

O senador ainda explica que não discutiu de forma ampla sobre o pedido de impeachment e defende que tudo deve ser feito em seu tempo, passando pela Comissão Especial de Impeachment, votação no Plenário e encaminhamento ao Senado.

Dada a atual situação econômica, o senador acredita que o País terá uma resposta dentro de dois meses: “Essa transição deve demorar no máximo dois meses. O País não aguenta, o governo perde arrecadação todos os dias porque a economia travou. Pessoas perdem emprego todos os dias. Corredores comerciais só têm placas de vende-se e aluga-se”. Jucá também alega que partidos que não estão envolvidos nesse debate estão fora do jogo político.

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