Jurista vê divulgação de áudios “correta” e acredita que Lula não voltará para Moro

  • Por Jovem Pan
  • 23/03/2016 10h59
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Brasil, São Paulo, SP. 08/10/2007. O advogado tributarista, jurista e professor emérito das universidades Mackenzie, Paulista e da ECEME (Escola de Comando do Estado Maior do Exército), Ives Gandra Martins, concede entrevista exclusiva ao Grupo Estado. - Crédito:VIVI ZANATTA/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Codigo imagem:16749 VIVI ZANATTA / Agência Estado Ives Gandra Martins

 Em entrevista à Jovem Pan, o jurista Ives Gandra Martins, falou que em seu entendimento, a divulgação das gravações entre o ex-presidente Lula e Dilma Rousseff foi correta e que o ministro Teori Zavascki será cauteloso em seu julgamento: “O ministro Teori, que é muito cauteloso, como há muitos envolvidos que tem foro privilegiado, ele deve ter pedido por essa razão, porque teve muita polêmica. No meu parecer foi absolutamente legal a publicidade da questão, revelando como era a tentativa de desvio de finalidade da nomeação do presidente Lula e por questão de cautela ele vai concentrar todos que tem foro no STF”.

Mesmo com a determinação de Gilmar Mendes de suspender a nomeação de Lula, Martins não acredita que o caso volte para Sérgio Moro: “Esse vai ser o grande debate, não se o processo vai ficar com Moro, se o Lula vai ser examinado por ele. Não, a meu ver não vai mais, e ele já levou tudo para o Supremo. O debate vai ser se ele vai ser ministro”.

Sobre o impeachment, Martins aponta para a gravidade nos casos de improbidade administrativa: “Quem não se enriqueceu, mas deixou que o governo fosse tomado por uma corrupção deslavada, comete um crime de improbidade administrativa. Está na lei, está na jurisprudência, então ela (Dilma Rousseff) cometeu um crime de improbidade administrativa por culpa grave”.

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