Juristas e políticos repercutem prisão e soltura de ex-ministro Mantega
O Ministro da Fazenda
Guido MantegaGuido Mantega, ex-ministro da Fazenda, teve sua prisão feita e revogada pela 34ª fase da Operação Lava Jato em um intervalo de seis horas nesta quinta-feira.
Mantega foi preso por volta das 7h50 no hospital Albert Einstein, onde acompanhava sua mulher em um procedimento cirúrgico contra um câncer.
O juiz federal Sérgio Moro revogou a prisão por volta das 14 horas, afirmando que a força-tarefa não sabia do estado de saúde da mulher de Mantega.
José Roberto Batochio, defensor de Mantega, disse que seu cliente questionou a prisão e informou que a revogação foi ato de “legítima defesa da operação”.
Juristas e políticos repercutiram a situação que envolveu a prisão e a soltura do ex-ministro dos governos Lula e Dilma Rousseff.
Ao repórter Arthur Scotti, o ministro do STF, Celso de Mello, explicou que a lei é clara ao permitir que prisões podem ser efetuadas em qualquer lugar.
Vanessa Grazziotin, senadora do PCdoB, em vídeo postado nas redes sociais, disse não questionar a Operação Lava Jato, mas sim seus métodos.
Para a parlamentar, não houve justificativa na ação contra o ex-ministro, pela situação em que se encontrava.
Para o líder do Democratas na Câmara, Pauderney Avelino, Mantega é o criador da matriz econômica do Brasil. Agora, segundo a visão do parlamentar, o ex-ministro entra no rol dos que se envolvia com empresários para angariar dinheiro para o PT.
Em nota, a Polícia Federal afirmou que Guido Mantega se apresentou espontaneamente na portaria do hospital e foi conduzido de forma discreta.
Sérgio Moro, em seu despacho, ainda argumentou que, mesmo solto, Mantega, não deve oferecer riscos ou interferir na colheita das provas.
Confira a reportagem completa de Fernando Martins:
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