Juristas e políticos repercutem prisão e soltura de ex-ministro Mantega

  • Por Jovem Pan
  • 23/09/2016 06h40
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O Ministro da Fazenda Marcelo Camargo/Agência Brasil Guido Mantega

Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda, teve sua prisão feita e revogada pela 34ª fase da Operação Lava Jato em um intervalo de seis horas nesta quinta-feira.

Mantega foi preso por volta das 7h50 no hospital Albert Einstein, onde acompanhava sua mulher em um procedimento cirúrgico contra um câncer.

O juiz federal Sérgio Moro revogou a prisão por volta das 14 horas, afirmando que a força-tarefa não sabia do estado de saúde da mulher de Mantega.

José Roberto Batochio, defensor de Mantega, disse que seu cliente questionou a prisão e informou que a revogação foi ato de “legítima defesa da operação”.

Juristas e políticos repercutiram a situação que envolveu a prisão e a soltura do ex-ministro dos governos Lula e Dilma Rousseff.

Ao repórter Arthur Scotti, o ministro do STF, Celso de Mello, explicou que a lei é clara ao permitir que prisões podem ser efetuadas em qualquer lugar.

Vanessa Grazziotin, senadora do PCdoB, em vídeo postado nas redes sociais, disse não questionar a Operação Lava Jato, mas sim seus métodos.

Para a parlamentar, não houve justificativa na ação contra o ex-ministro, pela situação em que se encontrava.

Para o líder do Democratas na Câmara, Pauderney Avelino, Mantega é o criador da matriz econômica do Brasil. Agora, segundo a visão do parlamentar, o ex-ministro entra no rol dos que se envolvia com empresários para angariar dinheiro para o PT.

Em nota, a Polícia Federal afirmou que Guido Mantega se apresentou espontaneamente na portaria do hospital e foi conduzido de forma discreta.

Sérgio Moro, em seu despacho, ainda argumentou que, mesmo solto, Mantega, não deve oferecer riscos ou interferir na colheita das provas.

Confira a reportagem completa de Fernando Martins:

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