Juristas se dividem sobre a força da denúncia contra Michel Temer
Juristas se dividem sobre a força da denúncia contra Michel Temer, mas são unânimes em afirmar que a crise brasileira ainda pode se agravar.
Em mensagem enviada a integrantes do Ministério Público, Rodrigo Janot declarou que ninguém está fora do alcance da lei.
Já a defesa do presidente vai tentar desqualificar o procurador-geral da República, o acusando de não apresentar provas consistentes.
O ex-presidente do STF Sydney Sanches, que comandou o impeachment de Fernando Collor, lamenta que o Brasil volte a viver uma crise semelhante. “Não é possível viver de impeachment. Mas para isso é preciso que as pessoas não pratiquem crimes”.
O ex-ministro do STF Sidney Sanches ressalta que os brasileiros continuam se assustando com fatos novos sobre a corrupção no país.
Em entrevista a Thiago Uberreich, o presidente da OAB Nacional, Cláudio Lamachia, defende que o julgamento de Michel Temer vá até o fim. “Não posso aceitar a ideia de barrar a continuidade do processo ou da denúncia. O presidente da República deveria ser o primeiro a buscar um esclarecimento justo de todos os fatos”.
Cláudio Lamachia lembra que a Ordem dos Advogados do Brasil já protocolou, na Câmara, um pedido de impeachment contra Michel Temer.
Já o criminalista Roberto Delmanto Júnior classifica a denúncia como “confusa” e acha que a defesa do presidente encontrará brechas. “O procurador Rodrigo Janot, com todos o respeito, se precipitou e incorreu em erros técnicos em uma acusação tão séria como essa”
O criminalista Roberto Delmanto Júnior considera um erro o procurador-geral da República fatiar as denúncias.
O Palácio do Planalto fala em “reação de guerra” contra a possibilidade do presidente da República ser julgado pelo STF.
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