Juro médio do cheque especial chega ao seu maior patamar em 22 anos
O juro médio do cheque especial superou 292% em janeiro, o maior patamar dos últimos 22 anos. Já o rotativo do cartão de crédito atingiu 439,5% ao ano.
Júlio Miragaya, presidente do Conselho Federal de Economia, aconselha o brasileiro a ser muito cauteloso nos gastos para não precisar das linhas de crédito fáceis e caras. Em entrevista a Denise Campos de Toledo, o economista comenta o tamanho do juro no Brasil: “É uma taxa proibitiva. A população vai agir com o entendimento de que nunca deveria recorrer a esse tipo de expediente”.
O vice-presidente da Anefac, Miguel Ribeiro de Oliveira, assinala que o relatório do Banco Central tem várias notícias negativas para explicar o juro alto. Ele destaca duas situações que forçam o sistema financeiro a inflacionar o preço do dinheiro no País: “Os bancos preocupados com a inadimplência vem reduzindo o volume emprestado, então houve uma queda nos empréstimos. Mostra que a taxa de juros vem subindo em detrimento da manutenção da Selic e isso tem a ver com a perspectiva de piora desse cenário econômico e do risco maior de inadimplência”.
Oliveira afirma que o crédito está caro e difícil porque os bancos reduziram os prazos de pagamento. O vice-presidente da Anefac acrescenta que o preço do dinheiro continuará em alta porque a economia do País permanece em queda.
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