Justiça Federal do Paraná retoma as audiências da Operação Lava Jato
Juiz Sérgio Moro ouve dois delatores da Operação Lava Jato no retorno das atividades e faz homenagem a Teori Zavascki.
A primeira audiência da força-tarefa em 2017 foi de uma ação que tem como réus o ex-ministro Antônio Palocci, o ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto e outras 12 pessoas.
No início da sessão, Moro destacou a independência, a honradez e o conhecimento jurídico do ministro do Supremo, morto no mês passado.
Foram ouvidos o dono da empreiteira UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, e o sócio de uma empresa de consultoria, Vinícius Veiga Borin.
Ricardo Pessoa disse que a empresa mantinha uma espécie de conta-corrente com João Vaccari Neto para o pagamento da propina. “Você assina vários contratos e da forma como nós acertávamos no pagamento transformávamos isso no valor de parcelas fixas mensais e como você tinha vários contratos, tinha planilha, controle de várias obras e vários pagamentos. Pelo que eu sei o Vaccari sempre destinou ao Partido dos Trabalhadores”, afirmou.
Pessoa negou que tenha havido pagamento de propina na obra do Estaleiro Enseada do Paraguaçu, apesar dos pedidos de Vaccari.
Já o empresário Vinícius Veiga Borin disse que não controlava duas offshores ligadas à Odebrecht, mas ressaltou que elas eram usadas para transações financeiras da empreiteira.
Nesta quarta-feira, o juiz Sérgio Moro marcou também para 24 de março a audiência da Lava-Jato que terá a ex-presidente Dilma Rousseff como testemunha.
Ela será ouvida por meio de videoconferência em um dos processos que tem como réu Marcelo Odebrecht.
A defesa do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, negou que ele tenha recebido dinheiro e que a acusação é apenas palavra de delator.
*Informações do repórter Anderson Costa
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