Justiça ouve 5 testemunhas para apurar irregularidades na chapa Dilma-Temer
Justiça Eleitoral ouve cinco testemunhas na apuração de irregularidades da chapa Dilma-Temer na eleição de 2014 em sete horas de depoimento.
Os convocados são ligados às gráficas Focal, Red Seg e VTPB que teriam recebido pagamentos da coligação, mas não teriam capacidade de prestar o serviço.
A ação na Justiça Eleitoral foi colocada pelo PSDB, que pede a cassação da chapa.
O advogado do partido, José Eduardo Alckmin, disse que o próximo passo é tentar encontrar quem seriam os administradores de fato dessas empresas. “Em linhas gerais eles admitiram que apesar de constar como formalmente sócios, não eram os que efetivamente administravam as empresas. Passo seguinte é ouvir os verdadeiros administradores”, explicou.
O advogado da ex-presidente Dilma Rousseff vai numa linha semelhante ao representante do PSDB e pede um aprofundamento das investigações.
Flávio Crocce Caetano disse que as testemunhas que falaram nesta quarta-feira reforçam o fato de que os serviços foram efetivamente prestados. “São testemunhas que vêm mais uma vez ratificar que os serviços foram integralmente prestados à chapa Dilma-Temer. Isso tem que ser aprofundado com quem prestou serviços na ponta”, ressaltou.
Se a chapa for cassada, o TSE pode convocar eleições indiretas para a presidência da república.
O advogado do presidente Michel Temer, Gustavo Bonini Guedes, disse que o processo está andando em círculos: “seguir processo dessa importância apenas com situações se as pessoas proprietárias a eram de fato, é frágil demais para um processo dessa importância”.
Os depoimentos duraram cerca de sete horas no total e foram acompanhados pelo juiz Bruno Lorencini.
O magistrado é auxiliar do ministro Herman Benjamin, relator do processo no TSE, que acompanhou o caso por videoconferência em Brasília.
*Informações do repórter Tiago Muniz
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