“Lama está mais diluída, mas não deixa de ser preocupante” diz prefeito de Colatina

  • Por Jovem Pan
  • 18/11/2015 11h12
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captação de água no Rio Doce em Colatina será suspensa assim que a lama de rejeitos chegar no distrito de Itapina. Na manhã de hoje, os 44 reservatórios de 10 mil litros de água começaram a ser colocados nos bairros em que haverá a necessidade de abastecimento por carros-pipa. Os homens do Exército Brasileiro vão auxiliar na distribuição de água. Secom- ES Distribuição de água em Colatina

 A lama proveniente do rompimento da barragem em Mariana segue o seu curso até a foz. Muitas cidades de Minas Gerais e do Espírito Santos foram atingidas pelos rejeitos mas algumas já estão conseguindo agir para tentar minimizar os danos.

Em entrevista ao Jornal da Manhã, o prefeito Leonardo Deptulski comenta as ações para evitar os impactos em sua cidade, Colatina, no Espírito Santo: “A situação de risco não tem perspectiva de passar no curto prazo. Tivemos que nos preparar, com plano emergencial, para abastecer a cidade sem a captação do Rio Doce. Quando tivemos a notícia da entrada da água na Represa Mascarenhas, suspendemos a captação para não usar uma água que tínhamos dúvida”.

Com a dificuldade de prever os impactos dos rejeitos que foram lançados no rio e a sua relação com a saúde humana, o prefeito Deptulski elaborou um plano com duas lagoas da cidade: “Temos um plano de emergência com mais de 50 carros-pipa que vão funcionar 24 horas. Utilizamos duas lagoas como fonte. Tratamos a água e distribuímos. É uma água tratada e com qualidade, mas representa 30 ou 40% do volume que captamos do Rio Doce”.

O prefeito afirma que a densidade da lama já diminuiu, mas que ainda é preocupante e reforça a necessidade de um estudo sobre suas características: “É preocupante porque ela ainda tem um volume muito grande que está no leito do rio. Ela está chegando mais diluída, muito mais do que em Governador Valadares e Aimorés. As barragens do Espírito Santo tiveram um papel importante para diminuir a concentração da lama na água”.

A prefeitura já começou a coletar amostras da água para análise. Com o início do período de chuvas, a possibilidade da lama que está contida em partes mais altas do rio descer para a foz aumenta. O prefeito defende um plano de ação junto com o governo federal: “Precisamos fazer uma vistoria em todas as barragens de rejeito para ver a segurança. O governo estadual e federal tem que trabalhar juntos. Em longo prazo, queremos um fundo da Samarco para recuperação da região e da bacia como um todo”.

Entre as medidas de revitalização que o prefeito propõe está o plantio de uma nova cobertura florestal e controle do uso da água.

Confira a entrevista completa no Jornal da Manhã.

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