PF mira ex-diretor da Eletronuclear já preso em desdobramento da Lava Jato

  • Por Jovem Pan com AE
  • 06/07/2016 06h54
Antonio Cruz/Agência Brasil Othon Luiz Pinheiro da Silva

A Polícia Federal cumpre mandados de prisão no Rio de Janeiro e em Porto Alegre em ação relacionada à Operação Lava Jato. A investigação apura irregularidades na Eletronuclear. Além dos 10 mandados de prisão, também são cumpridos mandados de condução coercitiva e de busca e apreensão.

Um dos alvos é o ex-presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, que está em prisão domiciliar. O almirante já é réu em processo na 7ª Vara Federal Criminal, no Rio. Othon Pinheiro é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, acusado de receber ao menos R$ 4,5 milhões em propinas para facilitar a contratação dos consórcios responsáveis pelas obras da usina de Angra 3.

O caso do almirante e de outros 13 acusados de participar do esquema de desvios nas obras da usina de Angra 3, estava sob responsabilidade do juiz Sérgio Moro, que cuida das ações da Lava Jato na Justiça Federal no Paraná. Por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), contudo, o caso da Radioatividade foi deslocado para a Justiça Federal no Rio.

Esquema na Eletronuclear

Este é um desmembramento da 16ª etapa da Operação Lava Jato que investigou esquema de corrupção na Eletronuclear. A 16ª fase teve como foco os contratos entre a subsidiária da Eletrobras para as obras de Angra 3.

A PF investigou suspeitas de formação de cartel, pagamento de propina para agentes públcios e superfaturamento de obras.

No dia 28 de julho do ano passado, o ex-diretor-presidente da Eletronuclear foi preso acusado de receber R$ 4,5 milhões de propinas das obras da usina nuclear de Angra 3.

Othon Luiz Pinheiro da Silva estava afastado da empresa desde abril. O empresário estava preso no quartel do Exército em Curitiba, no Paraná, e em novembro passado, foi transferido para o Rio de Janeiro. Othon, atualmente, está em prisão domiciliar.

Com informações de Estadão Conteúdo

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