Lava Jato pode esclarecer morte de Celso Daniel, afirma irmão do ex-prefeito
Com a deflagração da 27ª fase da Operação Lava Jato, que tem como um dos alvos a sede do jornal “Diário do Grande ABC” e a prisão temporária do dono do veículo, Ronan Maria Pinto, volta o debate sobre a morte do prefeito de Santo André, Celso Daniel.
Em entrevista à Jovem Pan, Bruno Daniel, irmão de Celso, afirma que a Lava Jato poderá trazer respostas para o assassinato: “Eu acho que a Lava Jato avança e a gente tem a expectativa que haja esclarecimentos em relação a tudo o que aconteceu com meu irmão e outras pessoas que foram mortas depois dele”.
Bruno fala sobre o possível entrelaçamento entre a morte de seu irmão e o grande esquema de desvios da Petrobras: “Existe uma chantagem que seria feita por Ronan, secretário do transporte de Santo André, para quem fossem alocados recursos do petrolão para que ele comprasse o jornal Diário do Grande ABC. A questão que fica é qual o teor da chantagem? Essa chantagem teria sido realizada com José Dirceu, Lula e Gilberto Carvalho? Por que essas pessoas usaram recursos e mecanismos escusos para chantagear?”. Bruno acrescenta que existem evidências claras de que Celso Daniel foi torturado.
Existem indiciados no caso do ex-prefeito de Santo André, mas em um encaminhamento lento da Justiça, Bruno acredita que o STF está congestionado com o momento político atual, mas afirma que vai aguardar até o caso ser resolvido: “Há várias pessoas indiciadas, o que impressiona é a demora da Justiça. O STF está congestionado e as atenções da mídia se voltam para essas questões. O assassinato do meu irmão fica em segundo plano, mas brigamos o tempo inteira, nossa paciência não tem limites, os culpados tem que responder. Antes disso não vamos descansar”.
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