Lei de Zoneamento pode ser votada ainda em 2015, mesmo com críticas da população

  • Por Jovem Pan
  • 07/12/2015 11h31
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Rodrigo Ramon/JP Moradores do Jardins protestam contra revisão de Zoneamento

 Mesmo sob críticas, texto da nova lei de zoneamento pode ser votado nesta semana na Câmara de São Paulo. A Comissão de Política Urbana vota na segunda-feira (07/12) o relatório do vereador Paulo Frange, do PTB.

A revisão da lei que regula o que pode ser construído em cada área da cidade coloca em risco o perfil de muitos bairros paulistanos. Moradores dos Jardins e da Zona Oeste reclamam da liberação de comércio em zonas estritamente residenciais e do aumento do tamanho dos prédios. Entre as vias que poderão ser modificadas estão a Alameda Gabriel Monteiro da Silva, e as ruas Colômbia e Estados Unidos.

O presidente da AME Jardins, Fernando José da Costa, ressalta que a nova legislação poderá alterar significativamente alguns bairros: “Aquele bairro, que as pessoas optaram por morar por ter aquelas características podem, do dia para a noite, por uma lei, simplesmente mudar completamente”. O presidente da AME Jardins lembra que a mudança no zoneamento de algumas regiões poderá trazer problemas como o barulho e o trânsito.

A Diretora do Movimento Defenda São Paulo, Lucila Lacreta, reclama a Anderson Costa que os moradores não foram ouvidos nas audiências públicas: “Estamos há mais de um ano e meio participando, apresentamos trabalhos completos urbanísticos e técnicos, avaliando as propostas e nada disso foi ouvido e realmente alterado”. Lucila Lacreta ainda critica o aumento da verticalização em áreas em que ela acredita que não suportam o aumento do tráfego de veículos.

Falando a Tiago Muniz, o vereador Paulo Frange explica que a mudança em alguns usos nas zonas corredora atendeu a demanda dos moradores: “A sociedade pediu que alguns usos não fossem incluídos como albergues, flats e motéis. Já tiramos da lista para não impactar nestas zonas corredores”.

Moradores das áreas residenciais ameaçam acionar a Justiça se as mudanças solicitadas por eles não forem incluídas no texto final da lei. A expectativa da gestão Fernando Haddad é que o projeto seja aprovado em primeiro turno ainda em 2015.

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