Líder do PSDB defende decisão do STF
O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio, defendeu a decisão do ministro do STF, Luiz Edson Fachin, de suspender a instalação da comissão que irá analisar o pedido de impeachment de Dilma Rousseff.
Para o peessedebista, Fachin defendeu o rito da Casa: “O ministro agiu bem quando falou que a única hipótese plausível é que se precisa discutir o voto secreto. Isso não é para invalidar tudo o que foi feito, ele apenas suspendeu para que o STF diga se a votação deve ser secreta ou não. Eu luto pela votação aberta mas o regimento interno da Casa, acompanhando o que diz a Constituição, há 25 anos faz com que as votações da Câmara sejam secretas. Só vamos fazer aquilo que sempre se fez”. Sampaio acredita que essa discussão irá por fim na celeuma de qual deve ser o procedimento.
O deputado diz que mesmo com a suspensão temporária do processo, o debate é positivo: “Foi uma vitória não das oposições, mas de 70% da nação que queria que o impeachment tivesse um viés aprofundado. A Dilma conta com apenas 10% do apoio da população, perdeu o apoio do vice, perdeu a base aliada. Apesar de negociar e pagar deputados com ministérios e emendas, ela perde com uma demonstração inequívoca que acabou seu governo”.
Sobre a questão do recesso parlamentar, Carlos Sampaio defende o bom senso na discussão do prazo entre oposição e governo: “Em um primeiro momento, achamos que deveria ter convocação extraordinária. Quando o governo entrou com sua máquina, para poder efetivamente entrar com rolo compressor para decidir tudo até o dia 10 de janeiro, pareceu um movimento rápido demais para um projeto dessa magnitude. Não está se falando em recesso para ir à praia, mas para que a sociedade possa tomar pé para o que vai acontecer, é o impeachment de um presidente da república. A proposta do Aécio Neves é buscar bom senso para estabelecer um prazo, um denominador comum”.
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