Autor de projeto diz que “Segunda Sem Carne” em SP “vai fazer bem para a sociedade”
Os deputados estaduais de São Paulo aprovaram um projeto polêmico chamado “Segunda-feira Sem Carne”. Se a medida for sancionada pelo governador Geraldo Alckmin, estabelecimentos públicos como escolas e restaurantes, inclusive o “Bom Prato”, não poderão mais servir carne às segundas-feiras.
Em entrevista exclusiva ao Ligado na Cidade, o autor do projeto, deputado Feliciano Filho, explicou sobre a proposta e exaltou a economia com a compra de carne por parte do governo. “Para se ter uma ideia só no quesito carne governo gastou R$ 255 milhões contra R$ 225 no resto todo. Isso vai contra o que é preconizado pelo Ministério da Saúde, que diz que não podemos comer mais de 57.14g de carne”, disse.
Para Feliciano Filho, o projeto ainda faz bem para a sociedade. “Isso não é só para diminuir custo, mas vai fazer bem para a sociedade. Só no Brasil tem 200 municípios praticando [a Segunda Sem Carne]. Não quero impor nada, a pessoa pode ir comer em outro restaurante. Eu sou vegetariano há 17 anos e vegano há um ano. Sou ex-atleta e deu na mídia sobre maior desempenho de vegetarianos e veganos na última Olimpíada. O que é se abster de comer carne um dia?”, questionou o deputado.
A proposta
A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou projeto de lei de 2016, do deputado Feliciano Filho (PSC) que proíbe a venda e o fornecimento de carne às segundas-feiras em restaurantes, bares, lanchonetes e refeitórios localizados dentro de órgãos públicos do Estado.
O texto prevê multa de R$ 7,5 mil, dobrada em caso de reincidência, para os estabelecimentos que descumprirem a regra. Diz ainda que os estabelecimentos devem deixar expostos em locais visíveis placas com as alternativas ao consumo de carne.
O texto, agora, será enviado para sanção do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que pode aprová-lo na íntegra, vetar parte do material ou vetar toda a proposta.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.