Londres segue à busca de vítimas e evidências sobre causa de incêndio
Os bombeiros de Londres ainda trabalham nas cinzas da Grenfell Tower, a torre de apartamentos que ficou completamente destruída nesta quarta-feira após um incêndio. Não existe a esperança de encontrar alguém com vida. As equipes buscam corpos de vítimas, já que muitas pessoas que moravam no prédio permanecem desaparecidas.
E também estão atrás de evidências que indiquem o que levou a um incêndio tão devastador com mais de uma dezena de mortos. A suspeita mais forte neste momento é que um revestimento chamado de cladding, aplicado em 2015 na Grenfell Tower, tenha contribuído para a tragédia.
O cladding é feito de placas de alumínio com um preenchimento de plástico e é utilizado para modernizar a fachada de edifícios antigos, além de fornecer isolamento térmico.
O uso do material, no entanto, já foi relacionado a incêndios em outros países. Por enquanto, essa é apenas uma suspeita, sem conclusões oficiais. Mas a especulação é de que o revestimento teria contribuído para alastrar as chamas por todo o edifício rapidamente.
E essa rapidez do fogo aliada a a uma política de combate a incêndios aqui da Inglaterra foi fatal nesta tragédia. Os moradores do prédio na região de Notting Hill eram alertados a não saírem de seus apartamentos em caso de incêndio.
Essa é uma recomendação comum para moradores de torres altas aqui na Inglaterra. A justificativa é de que os prédios são projetados para que o fogo não se alastre. Dessa forma, as escadas devem ficar livres para a entrada das equipes de emergência e evacuação apenas dos mais afetados pelo incêndio.
Só que na tragédia de ontem não foi o caso. Então essa determinação de recomendar que os moradores fiquem em seus apartamentos também está sendo questionada por aqui.
Mas ainda é cedo para chegar a qualquer conclusão. As investigações ainda serão feitas em detalhes para definir o que deve ser feito daqui pra frente para evitar novas tragédias.
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