Londres suspeita que Moscou comandou ciberataque a e-mails do parlamento

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan Londres
  • 26/06/2017 12h04
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TRE01 LONDRES (REINO UNIDO), 21/06/2017.- Fotografía facilitada por el Ministerio de Defensa Británico que muestra al Primer Batallón de Guardas de Coldstream (Escocia) mientras hace guardia en las inmediaciones del Parlamento británico en Westminster, Londres, Reino Unido hoy 21 de junio de 2017 donde la reina Isabel II leyó hoy en la Cámara de los Lores el programa legislativo del Gobierno británico para los próximos dos años, que está dominado por proyectos de ley referentes al "brexit", la salida del Reino Unido de la Unión Europea (UE). EFE/Sargento Rupert Frere **CRÉDITO OBLIGATORIO/NO VENTAS/SÓLO USO EDITORIAL** EFE/Sargento Rupert Frere Guarda britânica faz a segurança em frente ao Palácio de Westminster

O parlamento do Reino Unido foi alvo de um ataque cibernético neste final de semana que, segundo o governo britânico, só pode ter sido patrocinado por um outro Estado, dada a escala da ação.

O alvo foi a rede de e-mails que serve as duas casas do Palácio de Westminster e é utilizada por todos os parlamentares, incluindo a primeira-ministra Theresa May.

Os integrantes da Câmara dos Comuns e da Câmara dos Lordes tiveram o acesso remoto às suas contas de e-mail suspenso por medida de segurança.

Ao menos 90 endereços de email foram hackeados, o que proporcionalmente não é muito já que a rede tem seis mil contas. O problema é saber quais foram as arrobas hackeadas.

As investigações ainda estão no começo e provavelmente será impossível detectar os autores do ataque, mas o governo britânico já acusa a Rússia pela ação.

O Kremlin está sendo acusado constantemente de hackear países do Ocidente e tentar influenciar processos democráticos com notícias falsas na rede.

No mês passado, o presidente Vladimir Putin foi relacionado a um ataque a rede do então candidato à presidência da França, Emmanuel Macron. A ideia seria favorecer a candidatura da candidata anti-União Europeia, Marine Le Pen.

Nos Estados Unidos, o escândalo envolvendo o vazamento de dados sigilosos do partido Democrata e atuação de hackers russos para favorecer a candidatura de Donald Trump continua mais forte do que nunca.

O próprio Trump acusou seu antecessor, Barack Obama, neste final de semana, de não ter agido para impedir a interferência da Rússia nas eleições do ano passado.

A Guerra Fria agora está nos computadores, que podem causar estragos muito mais profundos que as armas convencionais. No Brasil é bom a gente torcer pra que o Kremlin não tenha um candidato favorito. Porque se os russos conseguem mesmo hackear americanos, franceses e britânicos, coitada da nossa urna eletrônica.

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