Londres suspeita que Moscou comandou ciberataque a e-mails do parlamento
O parlamento do Reino Unido foi alvo de um ataque cibernético neste final de semana que, segundo o governo britânico, só pode ter sido patrocinado por um outro Estado, dada a escala da ação.
O alvo foi a rede de e-mails que serve as duas casas do Palácio de Westminster e é utilizada por todos os parlamentares, incluindo a primeira-ministra Theresa May.
Os integrantes da Câmara dos Comuns e da Câmara dos Lordes tiveram o acesso remoto às suas contas de e-mail suspenso por medida de segurança.
Ao menos 90 endereços de email foram hackeados, o que proporcionalmente não é muito já que a rede tem seis mil contas. O problema é saber quais foram as arrobas hackeadas.
As investigações ainda estão no começo e provavelmente será impossível detectar os autores do ataque, mas o governo britânico já acusa a Rússia pela ação.
O Kremlin está sendo acusado constantemente de hackear países do Ocidente e tentar influenciar processos democráticos com notícias falsas na rede.
No mês passado, o presidente Vladimir Putin foi relacionado a um ataque a rede do então candidato à presidência da França, Emmanuel Macron. A ideia seria favorecer a candidatura da candidata anti-União Europeia, Marine Le Pen.
Nos Estados Unidos, o escândalo envolvendo o vazamento de dados sigilosos do partido Democrata e atuação de hackers russos para favorecer a candidatura de Donald Trump continua mais forte do que nunca.
O próprio Trump acusou seu antecessor, Barack Obama, neste final de semana, de não ter agido para impedir a interferência da Rússia nas eleições do ano passado.
A Guerra Fria agora está nos computadores, que podem causar estragos muito mais profundos que as armas convencionais. No Brasil é bom a gente torcer pra que o Kremlin não tenha um candidato favorito. Porque se os russos conseguem mesmo hackear americanos, franceses e britânicos, coitada da nossa urna eletrônica.
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