Filho de Lula não será interrogado na Operação Zelotes
Relatora da CPI do Carf descarta interrogar filho de Lula que é investigado na Operação Zelotes. A senadora Vanessa Graziotin (PCdoB – AM), disse que a convocação de Luís Cláudio fugiria do objetivo da comissão.
A CPI verifica irregularidades no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, que julga recursos contra multas da Receita Federal. A senadora Vanessa Graziotin, relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito do Carf, explica como funcionava o esquema: “Todos ganhavam. Ganhava a empresa corruptora, que via os débitos tributários serem reduzidos a pó, inclusive com danos inestimáveis contra os concorrentes que atuavam de forma lícita, ganhavam os conselheiros corruptos e ganhavam também os intermediários”. De acordo com a senadora, o esquema pode ter dado um prejuízo de até R$ 19 bilhões aos cofres públicos.
O presidente da CPI do Carf, Ataídes Oliveira (PSDB-TO) avalia que, mesmo não indo a fundo em alguns pontos, a CPI traz contribuições: “Essa CPIs têm contribuído muito com o povo brasileiro, mesmo às vezes não nos agradando 100%, mas eu acredito sim no resultado positivo dos nossos trabalhos”.
A CPI deve pedir o indiciamento de 28 pessoas. Nessa lista, não estão Luís Cláudio Lula da Silva, nem os ex-ministros Erenice Guerra e Gilberto Carvalho. Até 01/12 os parlamentares poderão encaminhar sugestões para o texto final, que tem votação prevista para quinta-feira (03/12).
No dia 26/11, a Polícia Federal anunciou o indiciamento de 19 pessoas por suspeita de envolvimento na compra de medidas provisórias. Os investigados na Operação Zelotes são acusados de associação criminosa, corrupção ativa e passiva, e lavagem de dinheiro. A apuração do envolvimento de Luís Cláudio Lula da Silva foi desmembrada e deve ser aprofundada pela Polícia Federal em outros inquéritos.
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