Maioria do PSDB deve votar por aceitar denúncia contra Temer, diz líder na Câmara
No que depender do líder na Câmara do PSDB, maior partido aliado a Michel Temer (PMDB), o presidente da República terá dificuldades em se livrar da denúncia que deve ser apresentada contra o peemedebista até essa terça-feira (27) pelo procurador-geral Rodrigo Janot. O líder tucano Ricardo Tripoli (PSDB-SP) acredita que “a maioria, senão a totalidade” da sigla votará por aceitar a denúncia contra Temer.
Se dois terços da Câmara dos deputados (342 parlamentares) admitirem a denúncia de Janot, o presidente da República é afastado do cargo por até 180 dias enquanto é julgado criminalmente no Supremo. Michel Temer precisa dos votos de 171 deputados para rejeitar a denúncia e ficar no Planalto. Terceira maior bancada na Casa, atrás do PMDB (64 parlamentares) e PT (58) o PSDB tem 46 deputados representados na Câmara.
Tripoli nega, no entanto, que os tucanos fechem questão a respeito da denúncia que deve ser apresentada.
“O partido provavelmente não deverá fechar a questão. Para fechar questão tem que fechar questão na bancada e depois levar ao diretório nacional. Mas a sensibilidade que eu tenho como líder de bancada é de que a maioria, senão a totalidade dos deputados votará pela admissibilidade da matéria”, afirmou o deputado em entrevista exclusiva à Jovem Pan na manhã desta segunda (26).
Tripoli “acredita” que o PSDB já tem hoje “maioria no sentido de (a sigla) deixar os ministérios” de Temer, mas manter o apoio à agenda econômica do presidente peemedebista e às reformas que considera importantes para o Brasil. “Temos advogado a questão da estabilidade do País”, afirma.
O líder do PSDB reconhece, no entanto, que a agenda na Câmara será paralisada pela apresentação da denúncia e prevê interrupção do recesso parlamentar para a apreciação das acusações contra Temer. Tripoli defende que a denúncia de Janot não seja entregue “fatiada”, com acusações de crimes diferentes em diversas peças, o que faria a Câmara demorar “muito mais tempo” para analisar.
O deputado também defende a reforma política com cláusula de barreiras, que barraria a representatividade de partidos nanicos nas altas casas legislativas do País. Ricardo Tripoli desconversou e não respondeu duas perguntas durante a entrevista ao Jornal da Manhã:
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