Mais expostos, 530 mil profissionais da saúde devem ser imunizados até sexta

  • Por Jovem Pan
  • 05/04/2016 09h01
Carolina Ercolin / JP Alckmin vacina profissionais da Saúde no Hospital das Clínicas.

 Até sexta-feira, 530 mil profissionais da saúde da capital e grande São Paulo serão imunizados contra a gripe. A campanha foi antecipada a pedido do governo estadual em razão do crescimento de casos ainda no verão. Até 29 de março, foram notificadas 59 mortes relacionadas.

A secretaria de Saúde não tem um levantamento oficial, mas são muitos os afastamentos em decorrência da gripe, já que os profissionais podem ser a porta de entrada da doença e tem potencial de ser a de saída também.

A técnica de laboratório do HC, Roseli Santos de Freitas, admite existir muitos casos de H1N1 entre os colegas e defende a vacinação antecipada para a classe: “Eu tive uma gripe, fui ao médico dos funcionários e, a cada 10 que entravam com suspeita de H1N1, três estavam confirmados. Temos uma epidemia hospitalar. E acho necessário porque a gente lida direto com os pacientes. Se estão se afastando muitos profissionais da saúde, isso acaba tendo reflexo no atendimento ao paciente”.

Sem entrar no mérito das baixas, o Governador de São Paulo Geraldo Alckmin, reiterou a importância da vacinação nos grupos de risco, incluindo os profissionais da saúde. “Eles precisam estar bem para atender a população. A recomendação é a mais do que a vacina: ambiente ventilado, lavar as mãos várias vezes ao dia. Profissionais da saúde de são aqueles mais expostos a riscos, como crianças e idosos”.

Apesar da campanha adiantada, o Estado preferiu escalonar a vacinação. Na segunda-feira (11) é a vez dos grupos prioritários: grávidas, crianças até cinco anos e idosos. Dia 18, quem tem doenças crônicas, entre elas diabetes e cardiopatias. Dia 30 para todo o público alvo, que inclui indígenas, funcionários do sistema prisional e os próprios detentos.

Para o secretário de saúde, David Uip, apesar do pânico generalizado entre a população, os postos de vacinação estarão preparados para absorver a demanda: “Isso é feito todos os anos, não imagino que vai haver dificuldades. Teremos até 30 de abril, 13 milhões de doses disponíveis, se necessário teremos mais e vamos abranger mais grupos. É uma dinâmica inicial que está posta, se for preciso ela é mutável a partir da demanda que for necessária”.

A vacina protege contra 3 vírus, dentre eles o H1N1, predominante no Estado. Na rede particular, há disponível a dose quadrivalente.

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