Manifestações contra reformas acabam em confronto com a polícia em SP e RJ

  • Por Jovem Pan
  • 29/04/2017 09h14

Manifestação acabou em baderna em São Paulo e Rio de Janeiro e a PM precisou intervir

MAURÍCIO CAMARGO/ELEVEN/ESTADÃO CONTEÚDO Manifestação acabou em baderna em São Paulo e Rio de Janeiro e a PM precisou intervir - AE

Os protestos convocados pelas centrais sindicais contra reformas acabaram em violência em São Paulo e no Rio de Janeiro.  Na capital paulista, houve confronto entre Polícia Militar e manifestantes em frente à residência do presidente Michel Temer, no Alto de Pinheiros.

Para dispersar o grupo, que contava com mascarados, a Tropa de Choque usou bombas e balas de borracha, gás lacrimogêneo e canhão de água. Depois de serem expulsos, os manifestantes continuaram em confronto com a PM até o Largo da Batata, onde atearam fogo em diversos pontos da praça.

Antes, destruíram agências bancárias, bares, lojas, orelhões, placas de ruas e picharam casas e espalharam lixo. No Rio de Janeiro, o protesto seguiu os mesmos moldes com o agravante de nove ônibus incendiados no centro da cidade. Após serem dispersados, manifestantes que estavam em comício na Cinelândia começaram a depredar equipamentos públicos.

O ministro da Justiça, Osmar Serraglio, classifica os protestos desta sexta-feira em todo País de “baderna geral”, e não de greve. 

“Protesto é um direito democrático. Agora, impedir que as pessoas se dirijam aos seus trabalhos, que se dirijam aos hospitais, às escolas, isso é antidemocrático. A conclusão é de que é um contrassenso. Porque essa obstrução é àqueles que desejam se locomover ao trabalho. Nós não temos greve, não há greve, o que há é uma baderna generalizada”, disse.

De acordo com o ministro, os sindicatos monopolizaram os atos desta sexta-feira por descontentamento pelo fim do imposto revertido às entidades.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, volta a dizer que os sindicatos dos trabalhadores dos transportes serão multados e lamenta a paralisação.

“Uma coisa é manifestação, que é legítima, democrática, cada um defende o seu ponto de vista, enfim. A outra é tirar o direito das pessoas de ir e vir, depredação de patrimônio público e privado, o que não é aceitável”, afirmou.

O governador Geraldo Alckmin orientou a Polícia Militar a agir prontamente para desobstruir estradas, ruas e avenidas.

Em agenda durante ontem, o prefeito de São Paulo, João Doria, reiterou o que já havia dito em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã

“Volto a dizer com a maior tranquilidade do mundo: são preguiçosos, sim, e são vagabundos. Porque atrapalham a vida da cidade, prejudicam a vida daqueles que querem trabalhar, de pessoas que precisam do trabalho, diaristas, pessoas que dependem do seu trabalho para sobreviver, e esses poucos, esta minoria ruidosa intervindo na cidade, queimando pneus, agredindo motoristas, jogando pedras, agredindo pessoas em aeroportos…isso é direito? Isso é correto? Essas pessoas, pra mim, não merecem respeito”, bradou o prefeito.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo informou, por meio de nota, que 21 pessoas foram levadas para delegacias. No início da noite de ontem, as principais estradas apresentaram tráfego abaixo do normal para final de semana e para feriado prolongado. 

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