Marcelo Odebrecht ameaçou Dilma sobre doações ilegais em campanha em 2014

  • Por Jovem Pan
  • 18/04/2017 06h49
Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa extraordinária para votar a Denúncia 1/2016, que trata do julgamento do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff por suposto crime de responsabilidade. Em pronunciamento,a presidente afastada, Dilma Rousseff. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado Agência Senado Dilma Rousseff no Senado

Marcelo Odebrecht disse que pediu socorro para a então presidente Dilma Rousseff quando percebeu que os negócios da empresa estavam em risco por causa da Operação Lava Jato.

Segundo outro delator, João Nogueira, Marcelo ameaçou a petista mandando recados por meio de Fernando Pimentel.

A ideia era deixar claro que havia provas que a campanha de 2014 estava “contaminada” por doações ilegais. “A intenção dele, ao encontrar o Fernando Pimentel, era passar mensagem para a presidente Dilma”, disse João Nogueira.

De acordo com o delator, Pimentel repassou, de fato, a mensagem para a presidente. “Ela ficou preocupada, porque teria percebido que não estava, de fato, blindada”, contou.

Marcelo Odebrecht afirma que se encontrou com a presidente Dilma nessa mesma época. O assunto seriam problemas financeiros que a construtora teve após o início da Lava Jato.

Ele disse que pediu a Dilma que fosse definido um interlocutor do Governo junto a empresa para tratar de assuntos ligados a operação. Aí apareceu o nome de mais um ministro do PT: Aloizio Mercadante.

O ex-ministro Aloizio Mercadante garantiu que não discutiu assuntos relacionados a Lava Jato e que a pauta da reunião que teve com Marcelo Odebrecht foi para tratar de economia.

A ex-presidente Dilma disse que nunca pediu recursos para campanha a Marcelo Odebrecht e que refuta as insinuações de que tenha beneficiado a construtora.

*Informações da repórter Carolina Ercolin

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