Marcelo Odebrecht e Léo Pinheiro prestam depoimentos a autoridades do Peru

  • Por Jovem Pan
  • 16/05/2017 09h27
Agência Brasil Marcelo Odebrecht Marcelo Odebrecht - Agência Brasil

Representantes do Ministério Público do Peru estiveram no Brasil, nesta segunda-feira, para ouvir os empreiteiros Marcelo Odebrecht e Léo Pinheiro.

O herdeiro do grupo Odebrecht e o ex-presidente da OAS foram ouvidos na sede da Polícia Federal, em Curitiba.

As autoridades investigam se o esquema de corrupção liderado pelas construtoras brasileiras chegou ao país vizinho.

Em acordo com a Justiça dos Estados Unidos, a Odebrecht admitiu ter pago cerca de 29 milhões de dólares em propina para agentes públicos peruanos.

Os repasses teriam sido feitos entre 2005 e 2014, durante os governos dos ex-presidentes Alejandro Toledo, Alan García e Ollanta Humala.

O advogado de Ollanta Humala, Júlio Espinoza, acompanhou os depoimentos em Curitiba e defende que Marcelo Odebrecht também seja processado no Peru.

Espinoza lembrou o caso do ex-executivo Jorge Barata. Ele atuava como representante da Odebrecht no Peru e foi beneficiado pela delação premiada no Brasil, mas, mesmo assim, ainda está sendo processado pelas autoridades de Lima. Para Espinoza, seguindo o mesmo raciocínio, Marcelo Odebrecht, que fechou acordo de colaboração no Brasil, também deveria responder à Justiça peruana pelos crimes praticados.

Já o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro foi questionado sobre informações prestadas pelo contador de caixa dois da empresa, Roberto Trombeta.

Em acordo de delação premiada, em 2015, ele relatou movimentações ilegais de dinheiro da empreiteira no Peru.

Segundo Trombeta, a empresa teria lavado mais de 14 milhões de reais no Peru, abrindo empresas offshores e assinando contratos falsos.

Nesta semana, o empresário Marcelo Odebrecht ainda será ouvido por autoridades do México.

Ele prestará depoimento na quinta-feira.

Na delação, Marcelo acusou Emilio Lozoya, ex-presidente da Pemex, a estatal de petróleo do país, de ter recebido 5 milhões de dólares, em propina.

O valor seria uma contrapartida a benefícios indevidos obtidos pela Odebrecht, no México.

*Informações do repórter Vitor Brown

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