Marina Silva defende prisão de Delcídio e não vê ninguém acima da lei

  • Por Jovem Pan
  • 26/11/2015 10h23
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BRASÍLIA, DF, 23.11.2014: MARINA-DF - A ex-senadora Marina Silva, acompanhada de membros da executiva nacional da Rede, durante coletiva para falar sobre as ações que serão desenvolvidas para regularizar a Rede como partido junto ao TSE e sobre o papel que o grupo irá ter como oposição ao governo Dilma. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress) Pedro Ladeira/Folhapress O porta-voz da Rede afirmou que Marina Silva continuará afiliada ao PSB

A ex-parlamentar e fundadora do partido Rede Sustentabilidade, Marina Silva, concordou com a prisão do Senador Delcídio Amaral, realizada na quarta-feira (25/11) e defende que as sessões do Senado não sejam secretas: “Concordo com a prisão, os fatos que foram elencados pelas investigações, pelo Ministério Público, então a decisão do STF de que ele estava bloqueando as investigações de forma permanente, justifica a prisão do senador. Por ter sido aberto o voto do Senado, não tiveram acordos de bastidores, o que permitiu o trabalho célebre do juiz Sérgio Moro, da Justiça, da Polícia Federal. Se aquela sessão fosse secreta, poderíamos ter outro resultado”.

Ao ser questionada sobre um possível impeachment da presidente Dilma Rousseff, Marina Silva que é ex-filiada ao Partido dos Trabalhadores, afirma: “Impeachment não se fabrica, se justifica nas investigações. No caso do Delcídio foi uma explicitação que levou a uma ação peremptória, com sua prisão e punição dos crimes. O que eu tenho dito é que provem o envolvimento de Dilma, mas deve cumprir o que está na constituição”.

Marina Silva diz que a forma mais efetiva de combater a corrupção é dar apoio às ações da justiça: “Não é momento de frase de efeito, de popularidade. Precisa investigar presidente, senador, banqueiro”. Ela defende que não pode ocorrer o que acontece no Congresso Nacional, com uma blindagem de pessoas motivada por interesses políticos, e acrescenta: “Precisamos evitar o que foi feito no Congresso Nacional, com Eduardo Cunha. Tem que aplicar a mesma medida com a presidente, sem a história de instrumentalizar a crise para se promover”.

Marina, que já atuou como ministra, diz também que agora é o momento do Brasil confiar nas instituições: “A ética foi sepultada em nome de um projeto de poder. Não tenho posição de vingança, mas quero defender o que é correto do ponto de vista constitucional”.

Confira a entrevista completa no Jornal da Manhã no áudio do começo do texto.

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