Marinha e UFES vão monitorar a dispersão da lama, segundo Ministra

  • Por Jovem Pan
  • 24/11/2015 08h13
23-11-2015- Espírito Santo- Brasil- Ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira e governador Paulo Hartung visitam e sobrevoam as áreas atingidas pelo rompimento de barragem no Espirito Santo. Paulo de Araujo / MMA Izabella Teixeira

 Ministério do Meio Ambiente diz que ainda é cedo para avaliar consequências da lama para a fauna e a flora no Espírito Santo. Os rejeitos de minério que vieram de Mariana após o rompimento da barragem da mineradora Samarco já invadiram mais de 10 km do mar.

As barreiras instaladas pela empresa não conseguiram conter a água suja, porém, parte do material mais viscoso está sendo controlado.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, sobrevoou a área e afirmou que a dispersão dos materiais vai depender do tempo na região: “Amanhã chega aqui um barco de pesquisa top da Marinha, em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo, exatamente para fazer os testes, avaliar. Então nós temos um monitoramento, uma modelagem que diz, conforme a corrente marítima, os ventos, etc, qual a tendência de dispersão. Não está dando impacto na baía, em Vitória e em Abrolhos”. Izabella Teixeira afirmou que ações de mitigação dos impactos estão sendo feitas na região para salvar espécies de peixes e tartarugas marinhas.

O biólogo da Secretaria de Meio Ambiente de Linhares, Luciano Cabral, diz a Anderson Costa que ainda é cedo para se avaliar o dano: “Além de todo o problema social, temos também um problema ambiental, que é impossível mensurar nesse momento. Vamos contabilizar o prejuízo por um longo tempo”. Segundo o biólogo, as barreiras instaladas pela Samarco estão contendo o material mais viscoso que está chegando à foz do Rio Doce.

Em entrevista ao repórter Tiago Muniz, o senador mineiro Aécio Neves afirmou que as multas dadas às empresas responsáveis têm valor irrisório: “A notícia que se tem hoje, a necessidade de recuperação da fauna e da flora de toda essa região, não temos um número exato, mas o que temos anunciado hoje é irrisório frente ao que vai precisar ser feito para resgatar as condições mínimas de vida no Rio Doce”.

A lama da barragem que se rompeu há 18 dias já se alastrou por mais de 10 km no litoral do Espírito Santo. A empresa Samarco afirma que a parte mais espessa está sendo quase toda contida e o que está passando seria água barrenta.

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