MEC: Se escolas não forem desocupadas, alunos não receberão provas do Enem

  • Por Jovem Pan
  • 20/10/2016 07h17
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PR - ALUNOS-OCUPAM-COLÉGIO-ESTADUAL-PARANÁ-CONTRA-REFORMA-ENSINO-M - GERAL - Estudantes ocupam o Colégio Estadual do Paraná, em Curitiba (PR), nesta sexta-feira (7). A escola foi ocupada por estudantes em protesto contra a reforma do Ensino Médio, anunciada pelo Governo Federal no dia 23 de setembro. Para eles, a reforma proposta pelo presidente Michel Temer deveria, no mínimo, ter sido discutida com a sociedade, e não imposta através de uma medida provisória. 07/10/2016 - Foto: RODRIGO FÉLIX LEAL/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Rodrigo Félix Leal/Estadão Conteúdo ocupação

Cerca de 95 mil estudantes podem ser impedidos de fazer a prova do Enem no início de novembro se as 181 escolas públicas, em 11 Estados, não forem desocupadas.

As ocupações foram iniciadas após o Governo ter anunciado a Reforma do Ensino Médio. O ministro da Educação, Mendonça Filho, ressaltou que a discussão se arrasta há anos e que é preciso buscar uma solução para os cerca de 1 milhão de estudantes que deveriam, mas não estão hoje no ensino médio, e buscar alternativas que atendam 1,7 milhão de jovens que não estudam e nem trabalham.

Por isso, o ministro deixou claro que escolas que estiverem ocupadas ainda no dia 31 de outubro não receberão as provas do Enem e os estudantes terão que fazer os exames em outra data, que ainda será agendada.

“Eu não tenho dúvidas que os estudantes que estarão participando do Enem, e pais de alunos, terão papel relevante no convencimento de que não podem ser impedidos de se submeter a uma prova do Enem por conta de um protesto que penaliza os próprios colegas. Eu acho que o bom senso deve prevalecer fazendo com que os jovens permitam que os outros colegas se submetam a prova sem que o seu protesto atrapalhe a vida de milhares de jovens”, disse.

O Governo garantiu que o problema não deverá atrasar o cronograma do Enem, uma vez que atinge apenas 1% dos estudantes inscritos. E explicou ainda que, por conta da logística, não há tempo hábil para realocar esses estudantes.

Cada prova do Enem custa ao Governo R$ 90 e o MEC calcula que gastará cerca de R$ 8 milhõe spara aplicar provas de sgeunda chamada, dinheiro que poderia ser investido em outras áreas. Neste ano, mais de 8,5 milhões realizarão a prova. A novidade é que todos serão identificados pela biometria para evitar fraudes.

*Informações da repórter Luciana Verdolin

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