MEC: Se escolas não forem desocupadas, alunos não receberão provas do Enem
Cerca de 95 mil estudantes podem ser impedidos de fazer a prova do Enem no início de novembro se as 181 escolas públicas, em 11 Estados, não forem desocupadas.
As ocupações foram iniciadas após o Governo ter anunciado a Reforma do Ensino Médio. O ministro da Educação, Mendonça Filho, ressaltou que a discussão se arrasta há anos e que é preciso buscar uma solução para os cerca de 1 milhão de estudantes que deveriam, mas não estão hoje no ensino médio, e buscar alternativas que atendam 1,7 milhão de jovens que não estudam e nem trabalham.
Por isso, o ministro deixou claro que escolas que estiverem ocupadas ainda no dia 31 de outubro não receberão as provas do Enem e os estudantes terão que fazer os exames em outra data, que ainda será agendada.
“Eu não tenho dúvidas que os estudantes que estarão participando do Enem, e pais de alunos, terão papel relevante no convencimento de que não podem ser impedidos de se submeter a uma prova do Enem por conta de um protesto que penaliza os próprios colegas. Eu acho que o bom senso deve prevalecer fazendo com que os jovens permitam que os outros colegas se submetam a prova sem que o seu protesto atrapalhe a vida de milhares de jovens”, disse.
O Governo garantiu que o problema não deverá atrasar o cronograma do Enem, uma vez que atinge apenas 1% dos estudantes inscritos. E explicou ainda que, por conta da logística, não há tempo hábil para realocar esses estudantes.
Cada prova do Enem custa ao Governo R$ 90 e o MEC calcula que gastará cerca de R$ 8 milhõe spara aplicar provas de sgeunda chamada, dinheiro que poderia ser investido em outras áreas. Neste ano, mais de 8,5 milhões realizarão a prova. A novidade é que todos serão identificados pela biometria para evitar fraudes.
*Informações da repórter Luciana Verdolin
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