Médicos e pacientes de centro de saúde mental pedem continuidade de serviço

  • Por Jovem Pan
  • 18/10/2016 06h37
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Wikimedia Commons Santa Casa de São Paulo - Wikimedia

Médicos e usuários do Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental, o CAISM, exigem garantias do funcionamento do local, gerido pela Santa Casa.

Cerca de 250 pessoas se reuniram nesta segunda-feira (17), no prédio da Santa Casa, em São Paulo, onde o provedor José Luiz Setúbal, negou o fechamento.

O Centro faz mais de 10 mil consultas ambulatoriais por mês, entre outros serviços, como a residência da Psiquiatria da Santa Casa, com 61 alunos.

Segundo o psiquiatra Elie Calfat, um dos organizadores do movimento, é possível e necessária uma conversa franca para ajustar a situação do Centro. “A partir do momento que a gente teve essa notícia que havia o risco do convênio não ser renovado, organizamos movimento, já temos mais de 8 mil assinaturas pela manutenção do convênio”, disse.

Atualmente, a Santa Casa passa por grave crise financeira e pode ter a gestão do Centro trocada por conta das dívidas.

O governador Geraldo Alckmin reconheceu a situação e disse que a ajuda necessária virá de empréstimos da Caixa Econômica Federal. “Nós temos feito um aporte grande para a Santa Casa, mas ela acabou tendo uma dívida elevada. Mas tenho certeza que acabará superando”, disse.

Pela Caixa, de acordo com o secretário de Saúde David Uip, dois empréstimos são negociados, mas valores não foram abertos. Um deles saldaria a dívida da Santa Casa e o outro, um empréstimo-ponte, ajudaria a situação emergencial já para as próximas semanas.

“O trâmite está por conta da Caixa Econômica Federal entendendo que eles estão fazendo isso da forma mais ágil possível. Da parte do Estado estamos contribuindo com a gestão da Santa Casa”, afirmou.

A estimativa da Santa Casa é de que o Centro gere prejuízo de R$ 700 mil por mês e o convênio com o governo do Estado vence no final do ano.

O centro funciona desde sua criação, em 1998, sob a gestão da Santa Casa de São Paulo, que pede reajuste nesses repasses.

*Informações do repórter Fernando Martins

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