Medidas contra imigrantes não são banimento de muçulmanos dos EUA, diz governo Trump

Crise provocada pelo decreto de imigração de Donald Trump continua ferindo o governo que acabou de ser empossado.
Governos de outros países e até alguns membros do partido republicano acharam a medida, que barra a entrada de cidadãos de sete países do Oriente Médio e da África, exagerada e equivocada.
Diante dos protestos que tomaram conta dos aeroportos do país, o secretário de segurança doméstica, John Kelly, veio a público defender a medida e repetir que a proposta não é um banimento a muçulmanos.
Em um discurso lido, o secretário negou o veto e disse que a liberdade religiosa é um dos valores mais fundamentais dos Estados Unidos.
Aliás, a nova Casa Branca tem tido problemas com a palavra banimento. O governo Trump não considera apropriado chamar a nova política imigratória de banimento a muçulmanos ou banimento a viagens.
O porta-voz Sean Spicer discutiu com repórteres que alegavam que o presidente havia usado esse mesmo termo.
Ele ainda criticou as reportagens que disseram que John Kelly não sabia do decreto imigratório anunciado na sexta-feira passada. Spicer perguntou se o jornalista do New York Times estava chamando o secretário, que havia acabado de negar o conteúdo da matéria, de mentiroso.
Ainda sobre a política migratória, o governo americano declarou nesta terça-feira que os sete países de maioria muçulmana que estão na lista de vetos de Trump não sairão dela muito cedo.
A turbulência causada pelo decreto fez com o que o presidente demitisse na última segunda-feira a procuradora-geral interina do país.
Sally Yates ordenou que o departamento de justiça não defendesse a restrição feita pelo governo.
Em poucas horas, ela foi chutada do governo. O substituto Dana Boente já garantiu que vai defender a medida tomada por Donald Trump.
*Informações do repórter Victor LaRegina
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