Mendes nega ter pedido extinção do PT: “pedi que houvesse investigação”
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes, negou ter pedido a extinção do PT. Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan, o ministro reafirmou que pediu a investigação criminal de práticas supostamente cometidas em campanhas eleitorais.
“Há onze meses pedi que houvesse investigação criminal a essas práticas todas em campanhas. Pedi também que investigasse se houve, de forma indevida, o financiamento do partido por meio de estatais. Eu pedi que se fizesse investigação para saber o posicionamento do Tribunal nesse tipo de matéria. Nesses fatos, isso pode levar a cassação do partido. Mas não se trata de um pedido de extinção do partido”, justificou.
Mendes pediu a investigação para se ter conhecimento de partidos que possam ter se beneficiado de recursos públicos desviados da Petrobras. Segundo ele, “o sistema está desgastado” e o aparecimento de revelações quanto ao processo eleitoral não pode ser visto como regra.
“Até pouco tempo tínhamos sete contadores no setor de avaliação de contas. Isso é pouco. Quando assumir a relatoria das contas da presidente Dilma eu pedi socorro ao Coaf, à receita e conseguimos fazer uma análise mais aprofundada. Agora mudamos a análise de contas. temos setor estratégico que desenvolve um bom trabalho”, ponderou.
Caso Russomanno
Nesta terça-feira (09), o Supremo Tribunal Federal deve julgar o caso de Celso Russomanno, candidato à Prefeitura de São Paulo. Segundo mendes, o registro do candidato poderia ocorrer sem maiores problemas e a decisão do STF não prejudicaria a análise do registro.
“O Tribunal está julgando em grau de apelação. Entendeu a relatora que convinha julgar com rapidez”, disse o presidente do TSE.
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